“Ele está sujeito de ser investigado independente do cargo”, diz Zacharias Calil sobre Toffoli

Deputado Federal Zacarias Calil (DEM- GO) diz que o ministro não é imune para ser investigado sobre possíveis irregularidades

Postado em: 12-05-2021 às 18h54
Por: Redação
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Deputado diz que o pedido é algo legalizado | Foto: Reprodução

A notícia de investigação do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, por suspeita de recebimento de propina pelo ex governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, em cerca de R$ 4 milhões para ajudar dois prefeitos do estado do Rio em processos que tramitavam no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), repercutiu na praça dos Três Poderes em Brasília.

No Congresso Nacional, o deputado federal por Goiás, o Zacharias Calil (Democratas), em entrevista ao O Hoje, disse que Toffoli pode ser investigado assim como qualquer outro cidadão. “Acho que o brasileiro está sujeito a isso, de ser investigado independentemente do cargo que ocupa”, diz. Ele complementa que o pedido e o processo, é algo feito de “forma legal”.

No próprio STF, segundo o jornalista Josias de Souza, do Uol, houve um constrangimento onde o pedido da PF para investigar o ministro “porque espirra a lama da delação do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral nos salões do Judiciário no instante que as togas estão empenhadas em desligar a Lava Jato da tomada”.

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Já no Palácio do Planalto, segundo Josias, o presidente Jair Bolsonaro “imaginava ter assumido o controle da PF, e ele começa a descobrir que um pedaço da corporação não parece disposto a aceitar a coleira”. Ontem (11), o jornal Folha de S.Paulo publicou que a Polícia Federal (PF), pediu ao STF a abertura de investigação contra o ministro do STF Dias Toffoli para apurar supostos repasses ilegais ao magistrado envolvendo a venda de decisões judiciais.

Em um dos trechos da delação premiada, Cabral acusa Toffoli de receber cerca de R$ 4 milhões para ajudar dois prefeitos do Estado do Rio em processos que tramitavam no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O ministro atuou na Corte Eleitoral de 2012 a 2016. De acordo com o delator, os pagamentos teriam sido efetuados por Hudson Braga, ex-secretário de obras do Rio, e teriam alcançado o escritório da advogada Roberta Rangel, mulher de Toffoli.

Esse pedido da PF, feito com base na delação de Cabral, dependerá da validação do STF onde o ministro Edson Fachin, decidiu nesta quarta-feira (12), enviar para julgamento no plenário virtual do Supremo a validade do acordo de delação premiada assinado pelo ex-governador do Rio com a polícia. A validade já havia sido questionada em um recurso da Procuradoria-Geral da República ( PGR ), que se posicionou contra a homologação da delação.

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