Vereador propõe criação do Dia do Orgulho Hétero em Goiânia: “Não há aspectos religiosos”

Parlamentar ressaltou que é "direito de todo cidadão declarar o orgulho de ser hétero"

Postado em: 24-12-2021 às 14h47
Por: Igor Afonso
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Parlamentar ressaltou que é "direito de todo cidadão declarar o orgulho de ser hétero" | Foto: Reprodução/Câmara Municipal de Goiânia

O vereador Ronilson Reis (Podemos) apresentou na última quinta-feira (23/12) um Projeto de Lei que institui o “Dia do Orgulho Hétero” em Goiânia. O intuito do parlamentar é de que a data seja comemorada no terceiro domingo de dezembro. 

“O projeto tem o objetivo de incluir o dia do orgulho hétero em consonância com a prerrogativa que todo o cidadão possui, que é o direito de se manifestar pacificamente o seu orgulho de ser hétero”, ressaltou o vereador.

O vereador justificou que a Constituição da República estabelece o princípio da igualdade e de direitos, frisou que “de maneira alguma” há aspectos religiosos em seu PL e citou que a figura do homem e da mulher está como essencial para relatar como sociedade constituída.

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O texto foi apresentado nesta quinta-feira, mas ainda não foi protocolado no Portal da Transparência da Câmara Municipal. Após protocolado, o PL passa pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), se aprovado, vai para votação em plenário duas vezes, para então, se aprovado, passar pela sanção do prefeito Rogério Cruz (Republicanos).

Cuiabá

A atitude do vereador Ronilson foi inspirada na Câmara Municipal de Cuiabá, que aprovou no dia 1º de dezembro, a criação do Dia do Orgulho Hétero. Dos 16 parlamentares presentes no dia da votação, 15 votaram favoráveis. O autor do PL, vereador Marcos Paccola (Cidadania), pontuou que a legislação evitará “ataques” de grupos de “ativismo homossexual” que trazem “uma clara obrigatoriedade para que jovens e crianças tenham um comportamento bissexual”.

O bolsonarista contou que teve uma conversa com o filho e alguns sobrinhos, onde na escola, para participar de determinados grupos eles tinham que beijar meninos e meninas. Pensando nisso, ele decidiu criar o projeto de lei para “se opor à essa ‘desestruturação’ do modelo tradicional de família”.

A votação final — 2º turno — seria feita nesta quinta-feira (23/12), mas foi adiada para o próximo ano, após o recesso dos parlamentares.

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