Filho de ministro do TCU é alvo da 45ª fase da Lava Jato

PF cumpre mandado de busca contra Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz; ação é um desdobramento da 44ª etapa, que prendeu Cândido Vaccarezza

Postado em: 23-08-2017 às 08h40
Por: Gislaine Xavier
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PF cumpre mandado de busca contra Tiago Cedraz, filho de Aroldo Cedraz; ação é um desdobramento da 44ª etapa, que prendeu Cândido Vaccarezza

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta
quarta-feira (23) a 45ª fase da Lava-Jato, a “Operação Abate 2”. Foram
cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador
(BA), Brasília (DF) e Cotia (SP).

O advogado Tiago Cedraz, filho do ministro do Tribunal de Contas da União
(TCU), Aroldo Cedraz, é um dos investigados.
Tiago foi alvo de mandado cumprido em Brasília. Ele foi intimado a prestar
depoimento ainda nesta quarta-feira à PF. No entanto, não teve prisão
decretada pelo juiz federal Sergio Moro. 

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Em julho, a PF produziu relatório de investigação que concluiu que tanto o
ministro como o filho dele atuaram para favorecer a UTC, envolvendo
contrato de R$ 3 bilhões para obras na usina de Angra 3, no Rio de Janeiro. A
investigação apura a atuação do PMDB e de alguns de seus parlamentares no
recebimento de propinas. 

A suspeita da PF é que Tiago municiasse a UTC com informações
privilegiadas do TCU.
De acordo com as investigações, os advogados Tiago Cedraz e Sergio
Tourinho Dantas são suspeitos de receber propina originada em contrato
com a Petrobras por meio de offshore no exterior. 

Segundo depoimento do lobista da Petrobras Jorge Luz – que de acordo com
a Lava-Jato operava propinas para o PMDB na área de Serviços da estatal -,
os pagamentos de propina aos dois advogados foram operacionalizados por
meio da offshore Rosy Blue DMCC. 

Vaccarezza 

Nesta nova fase da Lava-Jato, o ex-deputado federal líder dos governos Luiz
Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff (PT) na Câmara, Cândido Vaccarezza
(PT do B/Avante), também foi alvo de ações de busca. Ele estava preso
temporariamente, mas teve a detenção substituída ontem (22) pelo
pagamento de fiança no valor de R$ 1,5 milhão. Vaccarezza tem 10 dias para
quitar a fiança, segundo decisão de Sergio Moro.
O ex-parlamentar é suspeito de receber propina para facilitar a contratação
da empresa americana Sargeant Marine na Petrobras. 

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