Deputado José Nelto articula retorno do Podemos à base de Ronaldo Caiado

Mariano, por sua vez, disse à reportagem do jornal que conversou com Cortez e que ele negou qualquer conversa sobre o desembarque do projeto de Mendanha

Postado em: 23-03-2022 às 09h49
Por: Redação
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Mariano, por sua vez, disse à reportagem do jornal que conversou com Cortez e que ele negou qualquer conversa sobre o desembarque do projeto de Mendanha | Foto: Reprodução

Ex-presidente do Podemos, o deputado federal José Nelto, que continua na sigla, confirmou na noite de ontem que tem conversado com a presidente nacional, Renata Abreu, sobre o retorno do Podemos à base do governador Ronaldo Caiado (UB). A informação preocupou o atual presidente, Vilmar Mariano, que aposta em apoio ao prefeito de Aparecida e pré-candidato ao governo, Gustavo Mendanha (sem partido).

Vilmar Mariano ficou surpreso ao saber que a articulação estava sendo feita pelo deputado que, inclusive, não deixou o partido, embora ainda esteja chateado por ter perdido a presidência para ele. Na tarde de ontem circulou a informação de que o Podemos teria desembarcado do projeto político de Mendanha. De acordo com uma fonte, a decisão teria o crivo de Felipe Cortez e Eduardo Machado, dirigentes importantes da sigla.

Mariano, por sua vez, disse à reportagem do jornal que conversou com Cortez e que ele negou qualquer conversa sobre o desembarque do projeto de Mendanha. “Se houver uma decisão neste sentido, eu sou o primeiro a sair do partido”, disse ele. “Mesmo que a presidente nacional me ligue dizendo isso eu não vou acreditar. Eu tenho um acordo com ela e tenho certeza que ela vai honrar”, disse, sobre o irrestrito apoio do partido ao Mendanha.

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Sobre a atuação de José Nelto nos bastidores, numa clara tentativa de voltar ao protagonismo, Vilmar ameniza. “Tive uma conversa muito boa e falamos sobre a possibilidade de ele ficar no partido, desde que a gente tenha uma chapa competitiva. O Zé é o maior quadro do partido. Ele vai ficar com a gente”, destacou, antes de, em tom preocupado, afirmar: “Vamos ver o que acontece. Tem muita água para passar debaixo da ponte. Não acredito que a Renata vai fazer isso”.

Se a manobra se consolidar, Gustavo perderia o único partido com tempo de TV e fundo partidário significativo, algo indispensável para a sustentação de uma candidatura. Isso depois de outras baixas importantes ao projeto mendanhista – leiase a guinada de Jânio Darrot. Segundo uma fonte consultada pelo jornal O Hoje, as lideranças já sentaram, inclusive, com o governador Ronaldo Caiado para acertarem o assunto.

A reportagem ligou para a presidente nacional da sigla, Renata Abreu, para saber se ela articula uma reaproximação com a base governista, como havia dito o colega da Câmara dos Deputados. Ela atendeu, mas recuou: “Estou em outra ligação”. Desligou e não atendeu mais.

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