PSD dá novo passo rumo à oposição

Presidente da sigla, Vilmar Rocha, diz que objetivo é encontrar uma coligação que abrigue Lissauer na corrida ao Senado

Postado em: 21-07-2022 às 08h20
Por: Felipe Cardoso
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Presidente da sigla, Vilmar Rocha, diz que objetivo é encontrar uma coligação que abrigue Lissauer na corrida ao Senado | Foto: Divulgação

O PSD deu início a uma série de conversas com lideranças para discutir os rumos do partido. O destino da sigla deve ser anunciado em convenção partidária marcada para 5 de agosto. Durante o primeiro encontro do grupo, realizado na manhã da última quarta-feira (20/7), o presidente estadual da legenda, Vilmar Rocha, ressaltou que o objetivo é buscar uma coligação que abra espaço na chapa majoritária para a indicação do deputado estadual Lissauer Vieira como candidato ao Senado

“Esse é nosso grande objetivo e iremos até as últimas consequências e possibilidades para garantir o Lissauer como nosso candidato ao Senado. Vamos insistir na aliança com o governador Ronaldo Caiado (UB), mas estamos conversando com todas as frentes e também ouvindo todos do nosso partido para chegarmos a um consenso”, afirmou o presidente. 

O cenário político, porém, não está tão aberto quanto transparece Rocha. Como já mostrado pelo O HOJE, não restam tantas possibilidades se a intenção for, de fato, lançar Lissauer ao Senado. Acontece que a chapa encabeçada por Gustavo Medanha (Patriota) já tem seu indicado à Casa alta: João Campos (Republicanos). Vitor Hugo (PL), candidato do presidente Jair Bolsonaro, também já oficializou que seu projeto contará com o nome do ex-senador Wilder Morais (PL) na corrida. 

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Outra frente ainda aberta é a do PT, encabeçada pelo ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Wolmir Amado. Mas uma composição do PSD com a esquerda está praticamente descartada. Resta aos pessedistas abraçar então a candidatura do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Personalidade, vale lembrar, aliada de Vilmar Rocha há mais de 20 anos. 

Vilmar garante que irá ouvir todos os pré-candidatos, além dos prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e lideranças do partido a fim de facilitar o diálogo e sentir as “posições pessoais” de cada um. Até agora, segundo ele, há visões e desejos pessoais divergentes dentro do PSD, mas avalia como “categóricas” as manifestações dos pré-candidatos em delegar ao partido a decisão final.

Uma fonte do alto escalão da sigla atesta que a maior parte do partido pede por uma aliança com Mendanha, enquanto Vilmar defende composição com Perillo. Ao comentar as diferentes possibilidades, Vilmar destaca que trata-se, sobretudo, de um movimento importante na união do partido.

Em paralelo a este primeiro encontro, e conforme revelado com exclusividade pelo jornal O HOJE, ganha musculatura o comentário de que Lissauer pode terminar ocupando a vice de Gustavo Mendanha. A única resistência seria, segundo interlocutores, de Vilmar Rocha, haja vista a proximidade com o ex-governador Marconi. Porém, na tentativa de convencer o comandante do PSD, circula a informação de que o candidato ao Senado na chapa mendanhista, João Campos, teria oferecido a suplência de sua candidatura a Rocha. Isso torna o negócio “bom pra todo mundo”, assegura um player. Diante desse cenário de composições, a maioria absoluta das fontes atestam que uma guinada do PSD rumo à chapa mendanhista é, de fato, o caminho mais provável.

Nesse primeiro encontro do partido estiveram presentes os deputados estaduais Cairo Salim e Max Menezes, os vereadores Lucas Kitão e Lucíola do Recanto (ambos de Goiânia), Camila Rosa (de Aparecida de Goiânia) e Cátia Rodrigues (de Formosa), além do vice -prefeito de Rio Verde, Dannillo Pereira, e o ex-secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino.

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