Governo não vai recuar da indicação de Cristiane Brasil como ministra

Carlos Marun afirmou que não há intenção de pedir que o partido sugira outro nome para assumir o ministério

Postado em: 05-02-2018 às 15h30
Por: Victor Pimenta
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Carlos Marun afirmou que não há intenção de pedir que o partido sugira outro nome para assumir o ministério

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou
hoje (5) que o governo não vai recuar da indicação da deputada federal
Cristiane Brasil, do PTB, para o cargo de ministra do Trabalho. Segundo ele,
não há a intenção de pedir que o partido sugira outro nome para assumir o
ministério. 
A nomeação de Cristiane Brasil foi publicada no Diário
Oficial da União, mas a posse foi suspensa por decisão judicial.

“O governo continua insistindo no reconhecimento da privativa
prerrogativa do presidente Temer prevista na Constituição de nomear seus
ministros”, disse Marun em entrevista a jornalistas.

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O ministro foi questionado sobre notícias publicadas pela
imprensa neste fim de semana sobre um inquérito em que Cristiane seria
investigada por suposta associação ao tráfico e a divulgação de um áudio de
2014 em que ela cobraria votos de servidores públicos. Ele respondeu que agora
o governo está numa luta maior que é pelo reconhecimento da prerrogativa
constitucional do presidente de nomear ministros.

Carlos Marun disse ainda que não há nada que efetivamente
prejudique a imagem de Cristiane Brasil. “O fato de alguém ter perdido uma ação
trabalhista não significa que essa pessoa seja imoral”.

No fim de semana, a assessoria da deputada divulgou nota informando
que o referido inquérito sobre associação ao tráfico foi aberto baseado em uma
denúncia anônima durante a campanha eleitoral de 2010, ano em que Cristine
sequer foi candidata. “A deputada afirma que não foi ouvida no inquérito e nega
veementemente que teve contato com qualquer criminoso”, diz o texto. De acordo
com as informações veiculadas pela imprensa, a denúncia seria de que assessores
de Cristiane Brasil teriam pago traficantes para ter direito exclusivo a fazer
campanha em uma comunidade do Rio de Janeiro.

 Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Gilmar Felix/Câmara dos Deputados)

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