As incertezas da disputa à prefeitura de Anápolis em 2024

Nomes tradicionais da política anapolina são ventilados para a corrida eleitoral que se avizinha

Postado em: 16-03-2023 às 07h48
Por: Yago Sales
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Nomes tradicionais da política anapolina são ventilados para a corrida eleitoral que se avizinha | Foto: Reprodução

A menos de um ano das eleições municipais do ano que vem, já existem movimentos em torno de nomes que podem disputar, ou não, aos pleitos. Em Anápolis, alguns nomes se encaminham pelos corredores das expectativas. E algumas interrogações se fincam sobre personalidades conhecidas da cidade. Antônio Gomide vai voltar? Quem vai ser apoiado por Roberto Naves? E por Ronaldo Caiado? Quem vai se aliar a quem? 

Por enquanto, alguns políticos carimbados como preparados e intuitivamente competidores para a disputa, ainda não deram certeza se vão aceitar a empreitada de correr as ruas de um dos mais importantes municípios de Goiás para convencer eleitores. O fato é: o tempo urge. 

Reportagem do jornal O Hoje publicada na edição do dia 14 de fevereiro trouxe informações de que as bases do deputado estadual Antônio Gomide (PT) querem que ele tente nova disputa pela prefeitura de Anápolis em 2024. 

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O parlamentar, por outro lado, teme que os planos se frustrem, como ocorreu em 2020 quando ele saiu derrotado do pleito para a reeleição de Roberto Naves. Prefeito por duas vezes, levando vantagem sobre adversários com alta porcentagem em votação, como em 2008, quando obteve, em segundo turno, 75,6% dos votos. Reeleito em 2012, o petista bateu um recorde: o prefeito mais bem votado na disputa em segundo turno. Ele alcançou 88,93% dos votos.

Quatro anos depois de deixar a prefeitura, foi eleito vereador da cidade, se tornando uma voz opositora ao atual prefeito. Dois anos após chegar à Câmara, o PT apostou que Gomide seria eleito a uma das 41 cadeiras na Alego, o que se concretizou: teve 36.998 votos. Na eleição do ano passado, Gomide foi reeleito por 45.256 eleitores. 

Nos bastidores, no entanto, Gomide tem sido convencido por pares a concorrer à prefeitura de Anápolis pela terceira vez. Interlocutores petistas da cidade querem barrar uma guinada à progressista.

É que o partido do atual mandatário do município, Progressistas, tem um com forte influência política na cidade, com incentivo nacional e, inclusive, do Palácio das Esmeraldas: Alexandre Baldy. 

Baldy foi um importante aliado do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) na disputa do ano passado. Baldy foi um dos três políticos que caminharam com Caiado rumo ao Senado. Ele, no entanto, ficou em quarto lugar. Mesmo assim, 406.379 eleitores o escolheram para a única vaga ao Senado. 

Presidente do Progressistas, Alexandre Baldy deu toda a estrutura para a vitória da primeira-dama de Anápolis, Vivian Naves, que foi uma das eleitas para a Alego. Além de dar o suporte partidário, a emprestou a influência de que dispõe, por já ter sido deputado federal, ministro de Cidades – do governo de Michel Temer -, e secretário de São Paulo – na gestão de João Doria. 

Um vereador da cidade afirma que, embora o prefeito possa sair enfraquecido das eleições – o que não é novidade para o caos causado pela pandemia -, é possível que o apadrinhado de Roberto Naves passe ileso pela cobrança excessiva sobre o atual chefe-maior. 

Engana-se quem acredita que Naves tem na cartola apenas a força e o “talento” do presidente do seu partido, Alexandre Baldy. No seu entorno, que saiu fortalecido com a vitória de Vivian Naves, existem secretários (como Alex Martins, Eerizânia Freitas) e até o atual presidente da Câmara, Domingos Paula (PV).

Ainda existe o incansável Márcio Correa, do MDB, que até tentou disputar a prefeitura em 2020 e à Câmara dos Deputados no pleito passado – ele ficou como suplente. Há uma chance de Correa se aliar ao petista Antônio Gomide – ainda não se sabe se como cabeça de chapa ou na vice. Tem um caldo gorduroso de negociações pela frente.

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