“Nos fará superar de vez essa discussão”, diz Sebba sobre antecipação da eleição na Alego

O deputado Gustavo Sebba (PSDB) foi um dos responsáveis pela recondução de Bruno Peixoto (UB) à presidência da Alego na última terça-feira (16). Acontece que o parlamentar apresentou, em 18 de abril, uma emenda ao projeto assinado pelo deputado Paulo Cezar (PL) que garantia a possibilidade de reeleição na Casa de Leis. 

Graças a emenda de Sebba, a Alego consagrou, na terça, uma nova mesa diretora para o biênio 2025/26, pleito no qual a chapa única encabeçada por Peixoto terminou vitoriosa. 

Em entrevista ao jornal O Hoje, o deputado explicou os motivos que o levaram a trabalhar pela antecipação da disputa. “Antecipar nos faria superar de vez essa discussão. A Assembleia sempre funcionou com biênios. A partir do momento em que foi permitida a reeleição, o assunto já é pensado e conversado de olho nos próximos anos”. 

Segundo o parlamentar, com isso a discussão acaba tomando conta dos corredores da Alego e, consequentemente, prejudicando o avanço de assuntos mais importantes para a vida dos goianos. “É  natural que as pessoas passem a articular pensando em ocupar a mesa, a presidência, cargos estratégicos, o que acaba prejudicando o andamento de outras coisas. Ao invés de ficar marcando reunião com deputados para discutir esse tipo de coisa, os deputados poderão, agora, cuidar do mandato de maneira mais efetiva”. 

Ele também assegurou que não há qualquer problema em antecipar uma discussão que ocorreria naturalmente daqui a dois anos. “Antecipamos para não ter essa pauta para discutir mais. Agora temos quatro anos para debater o estado: leis de saúde, educação, pauta do governo, fiscalização do estado. O processo é o mesmo, os 41 que escolhem. Querem votar naquele candidato? Que votem. Não querem? Então que o deputado se candidate, lance chapa”, pontuou. 

O parlamentar, que é membro da oposição ao Governo, aproveitou, inclusive, para elogiar a gestão de Bruno Peixoto — ex-líder da base. “Ele tem trazido uma valorização para Casa, independente de situação e oposição. Um presidente não pode representar uma extensão do Executivo, não pode haver submissão em relação ao Poder Judiciário, nada nesse sentido. Um presidente tem que dizer: ‘olha eu tenho minha posição política, mas aqui, na cadeira de presidente, defendo os 41 deputados’”, o que, segundo ele, Peixoto tem feito. 

Ele reforçou que há garantias claras de que todos os deputados possuem condições de trabalhar, independentemente de ocuparem a base ou oposição ao governo. “Tenho muita tranquilidade. Sei que vou participar das comissões, de eventuais CPIs, que não terei falas negadas e que posso exercer o meu direito à oposição. Bruno tem nos dado essa garantia e por isso o reconduzimos”, assegurou, por fim, o deputado. 

Composição

Além de Bruno para presidente, os nomes eleitos foram: para a vice-presidência da Alego, Issy Quinan (MDB), 1º vice-presidente, Clécio Alves (Republicanos), 2º vice-presidente, e Bia de Lima (PT), 3º vice-presidente.

Os vice-presidentes corregedores eleitos são os deputados Júlio Pina (SD) e Lineu Olimpio (MDB). Já os secretários nomeados pela chapa são Coronel Adailton (SD), Wilde Cambão (PSD), Amauri Ribeiro (UB), Cairo Salim (PSD) e Vivian Naves (PP).