Sem Ana Paula pelo MDB e Accorsi pelo PT, siglas podem perder chance de protagonismo em 2024

Caso Ana Paula e Accorsi fiquem de fora, ambos os partidos elevarão significativamente o grau de dificuldade para conquistar o Paço no ano que vem

Postado em: 26-06-2023 às 08h30
Por: Felipe Cardoso
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Caso Ana Paula e Accorsi fiquem de fora, ambos os partidos elevarão significativamente o grau de dificuldade para conquistar o Paço no ano que vem. | Foto: Reprodução

O cenário ainda é incerto no que diz respeito às eleições de 2024. Apesar da distância de mais de um ano do pleito, porém, lideranças de todo o estado já percorrem suas bases em busca de apoio para a disputa. Se tratando especificamente da capital, nos bastidores, alguns nomes são tidos como confirmados. É o caso do próprio prefeito, Rogério Cruz (Republicanos), que tende a mergulhar em busca da reeleição, e do senador Vanderlan Cardoso (PSD), que deve insistir, mais uma vez, no sonho de se tornar o administrador de Goiânia. 

Mas nem todos são tão ‘certos’ quanto ambos. O cenário de incertezas paira, especialmente, sob o ninho dos emedebistas e petistas. A informação é de que ambos os partidos brigarão com unhas e dentes para desbancar o prefeito por meio de candidaturas próprias. A dúvida, porém, passa pelos nomes que vão liderar as respectivas chapas.

No caso do MDB, a aposta do partido recai sob os ombros de Ana Paula Rezende, filha do ex-governador e ex-prefeito Iris Rezende Machado. A política coleciona vantagens. Como já mostrado pelo O HOJE, Ana Paula não tem contencioso político, não conta com desgastes, carrega o legado de um dos maiores líderes políticos de Goiás, é bem relacionada e, de quebra, tem passe livre para garantir o apoio do governador Ronaldo Caiado (UB). Ela tem tudo, exceto o mais importante: a certeza de que quer disputar. 

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Enquanto Ana Paula reflete sobre isso, emedebistas circulam inquietos pelos corredores do Paço, Câmara e Assembleia Legislativa. Eles querem uma resposta rápida, seja ‘sim’ ou ‘não’. “Precisamos de tempo para trabalhar o nome dela, não dá para entrar no jogo na última hora”, disse, em off, uma liderança do partido em entrevista ao jornal O HOJE. 

Se o MDB não lançar Ana Paula, os nomes que restarão ao partido para sustentar uma candidatura própria seriam os de Lucas Calil, Anselmo Pereira e Charles Bento. Todos, políticos de carreira, mas vistos como players sem robustez suficiente para chegar ao Paço com facilidade. 

O mesmo acontece com o PT. Nos bastidores, o comentário é que o desejo das lideranças passa pelo nome de Adriana Accorsi. Dos quadros do partido, a leitura é que Adriana é a figura que mais chances teria de chegar ao Paço. A deputada federal vive seu melhor momento. Ela chegou ao mais alto posto desde o início de sua trajetória política e, de quebra, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconduzido à presidência da República pela terceira vez. O PT vai bem, Adriana vai bem e de todas as eleições que já mergulhou rumo à prefeitura, essa seria, para muitos, a que Adriana teria o melhor desempenho. 

A petista tem dito que seu desejo é continuar trabalhando por Goiás na Câmara. Em paralelo, outros dizem que bastaria o pedido de Lula para que a federal disputasse em Goiânia. Fato é que nem mesmo a própria petista decidiu que caminho irá tomar, o que foi confirmado por meio de inúmeras declarações que deu à imprensa nos últimos meses. Se Adriana não vier, o PT terminaria na mesma situação que seu adversário, o MDB. Restariam à sila os nomes do suplente de deputado, Edward Madureira, da vereadora Kátia Maria e do ex-reitor da PUC Goiás, Wolmir Amado. Todos, sem chances expressivas como as de Accorsi. 

Em resumo, caso Ana Paula e Accorsi fiquem de fora, ambos os partidos elevarão significativamente o grau de dificuldade para conquistar o Paço. Neste caso, o melhor caminho, avaliam fontes consultadas pela reportagem, seria abrir mão da cabeça de chapa e partir para uma composição. 

O MDB, vale ressaltar, abrigará em seus quadros, em um futuro não muito distante, o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha.  O político é visto como alguém de peso para a disputa na capital. Porém, Mendanha está impedido de concorrer por ter sido reeleito em 2020, em Aparecida. Ele se desincompatibilizou para concorrer ao governo. Agora, tentará na justiça o direito de disputar novamente. Restará aos emedebistas, caso Ana Paula desista, torcer para que o plano mendanhista dê certo. 

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