Policarpo pode fortalecer projeto de Bruno Peixoto e vice-versa

Nos últimos meses, políticos têm caminhado de mãos dadas e demonstrado uma relação quase que umbilical

Postado em: 25-07-2023 às 07h30
Por: Luan Monteiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Policarpo pode fortalecer projeto de Bruno Peixoto e vice-versa
A união pode se revelar frutífera para 2024 e também 2026 | Foto: Reprodução

A aproximação cada vez mais latente entre os presidentes do Legislativo municipal e estadual tem dado o que falar nos bastidores da política goiana. Bruno Peixoto (UB), da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), e Romário Policarpo, da Câmara Municipal de Goiânia, têm caminhado de mãos dadas e demonstrado uma relação quase que umbilical. 

Nos bastidores da política goianiense, em especial nos corredores da Câmara Municipal, o comentário não poderia ser outro. Alguns nomes consultados pela reportagem não titubeiam ao afirmar que a união de ambos “faz todo sentido”, especialmente em um cenário onde Bruno seria candidato à prefeitura de Goiânia no ano de 2024. 

Acontece que, apesar de cotadíssimo para a disputa do ano que vem, Bruno declarou em entrevista ao jornal O HOJE que trabalha de olho na Câmara dos Deputados em 2026. Ele não descarta disputar Goiania, desde que haja um entendimento coletivo acerca de seu nome, e mais: que Ana Paula Rezende e Gustavo Mendanha não se viabilizem. 

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Em paralelo a tudo isso, vale lembrar, o presidente da Câmara, Romário Policarpo, também anseia em alcançar uma cadeira em Brasília nas eleições de 2026. Em um cenário em que Bruno seria candidato — com grandes chances, inclusive, de terminar eleito — o desenho estaria mais próximo do que nunca do ideal. 

Romário é presidente da Câmara Municipal de Goiânia e, por isso, tem uma parte considerável dos vereadores a seu dispor. Nos bastidores, estima-se que Policarpo contabilize 26, dos 35, vereadores em sua rede de apoio. O entendimento é que esses vereadores não teriam dificuldades em acompanhar um eventual indicado por Romário na disputa municipal do ano que vem. 

Isso, sem dúvidas, tornará o projeto de Peixoto — caso decida mergulhar na disputa — mais robusto, haja vista que são os vereadores os grandes responsáveis por percorrerem diariamente os bairros de Goiânia e manter contato direto com o cidadão eleitor. Quem não gostaria de ter a ampla maioria dos vereadores trabalhando como cabo eleitoral? Nesse cenário, ter ao lado alguém como Romário seria importantíssimo para Bruno. 

Mas não para por aí. O presidente da Casa de Leis da capital também terminaria beneficiado com essa história. Se Bruno não apenas concorrer, mas terminar vitorioso, é claro e evidente que o novo prefeito de Goiânia não abriria mão da cadeira para concorrer em 2026. 

Isso posto, o gestor teria um candidato expresso nas eleições daquele ano. O nome, neste caso, poderia ser Policarpo. Nunca é demais lembrar que Bruno terminou as eleições de 2022 com mais de 73 mil votos — número suficiente para ser eleito deputado federal por Goiás. Quem não gostaria de ter alguém desse porte como cabo eleitoral no futuro?

Ciente dessas movimentações, o comentário é que o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) tem trabalhado para manter a figura de Romário Policarpo em sua rede de apoio. Segundo interlocutores próximos, o prefeito tem buscado isso por meio do presidente do Patriota e mais recente aliado, Jorcelino Braga.

A avaliação é que Romário permaneceria na base do prefeito apenas em um cenário político onde Bruno não se lançaria candidato. Do contrário, estará, mais do que nunca, com Peixoto, mirando, claro, a construção de um futuro político bom para ambos.

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