“Nunca questionei o resultado das eleições”, diz Torres à CPMI

O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) chegou ao Senado por volta das 8h50

Postado em: 08-08-2023 às 13h55
Por: Luan Monteiro
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O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) chegou ao Senado por volta das 8h50. | Foto: Senado

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, afirmou, em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, que nunca questionou o resultado das eleições. O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) chegou ao Senado por volta das 8h50, e a sessão teve início às 9h24.

O depoimento de Torres ocorre na condição de investigado. Porém, uma decisão judicial o garantiu o direito de permanecer em silêncio durante a oitiva. A determinação foi assinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e prevê que o ex-ministro não seja obrigado a responder perguntas que possam implicar autoincriminação. Entretanto, ele vem respondendo todas as perguntas na CPMI.

“Nunca questionei o resultado das eleições. Fui o primeiro ministro a receber a equipe de transição – no meu caso, Flávio Dino, que seria meu sucessor. Entreguei relatórios, agi de forma transparente e sempre no sentido de facilitar. Durante a transição, não foi registrado qualquer contratempo e tudo correu dentro da normalidade”, disse.

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O ex-secretário é suspeito de omissão nos atos terroristas de 8 de janeiro.

Minuta golpista

Torres disse à CPMI que a minuta é “aberração jurídica e apócrifa” que estava “pronta para ir para o lixo”. “Não sei quem entregou esse documento apócrifo e desconheço as circunstâncias em que foi produzido”, disse.

Sobre outras minutas de golpe, como a relacionada ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, o depoente disse que só tomou conhecimento pela imprensa.

Delegado da Polícia Federal, a testemunha afirmou ainda que houve “falha grave” no Protocolo de Ações Integradas (PAI) que detalhava como cada órgão distrital e federal atuaria diante dos atos que vinham sendo convocados pelas redes sociais, como o fechamento da Esplanada dos Ministérios, e negou que tenha recebido qualquer alerta até 6 de janeiro, quando viajou aos Estados Unidos.

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