Brasil deve pedir por fim de bloqueio de Israel em texto na ONU
O documento também pede corredores humanitários para que mantimentos sejam entregues aos civis palestinos
Por: Larissa Oliveira
O Brasil levará uma minuta de resolução ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) no final da tarde desta segunda-feira (16). O documento deve pedir por uma “imediata retirada de ordem”, dada por Israel, para a evacuação de civis e funcionários da ONU pelo Norte da Faixa de Gaza. Além disso, também deve solicitar corredores humanitários para que mantimentos sejam entregues de forma contínua e suficiente aos civis palestinos. A proposta deve passar por votação ainda hoje.
Aliás, a minuta em questão não cita Israel diretamente e sua elaboração ocorreu mediante consulta com os países membros no fim de semana. As nações votarão um documento que condena “todas as formas de violência”; em “todos os lados”; e “todos os atos de terrorismo”. De acordo com o G1, o texto enumera 11 pontos. Dentre eles, a condenação “inequívoca dos ataques terroristas hediondos perpetrados pelo Hamas que tiveram lugar em Israel a partir de 7 de outubro de 2023 e a tomada de reféns civis”.
Ademais, aborda o apelo à “libertação imediata e incondicional de todos os reféns civis, exigindo a sua segurança, bem-estar e tratamento humano, em conformidade com o direito internacional”; “ao respeito e à proteção, em conformidade com o direito humanitário internacional, de todo o pessoal médico e do pessoal humanitário exclusivamente envolvido em tarefas médicas, dos seus meios de transporte e equipamento, bem como dos hospitais e outras instalações médicas”.
Brasil envolvido
Para mais, também consta na minuta de resolução a decisão do país de “continuar envolvido na questão”. Por fim, o documento também pedirá por suprimento “contínuo e suficiente” de eletricidade, água, combustíveis e medicamentos “indispensáveis à sobrevivência” dos palestinos. Durante todo o mês de outubro, o Brasil preside o Conselho de Segurança. Nos últimos dias, duas reuniões de emergências ocorreram, sem consenso em torno de uma resposta para o conflito, que ameaça se alastrar pelo Oriente Médio.
