“Importante não é focar em nome, mas no projeto da direita em Anápolis”, diz Vitor Hugo

Major Vitor Hugo (PL) prefere não cravar a pré-candidatura em Anápolis – apesar de aliados garantirem que estará no páreo com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) –, mas diz estar à disposição do partido. De acordo com ele, o mais importante é frear o projeto da esquerda, que se mostra competitiva na cidade. “O mais importante não é focar em um nome, mas no projeto da direita para Anápolis.”

Segundo ele, deve disputar aquele que tiver mais condições de liderar o processo. “Mas isso só saberemos mais à frente.” Pela esquerda, o deputado estadual Antonio Gomide (PT) é o pré-candidato na corrida eleitoral. Do outro lado, além de Vitor Hugo, o deputado federal Márcio Correa (MDB) e o vice-prefeito Márcio Cândido (PSD). O também parlamentar da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Amilton Filho (MDB), articula pela disputa, bem como Leandro Ribeiro (PP). 

Vitor Hugo revela ser próximo de Cândido, com quem conversou ao longo do mandato de deputado federal. “Relação cordial.” em relação a Correa, a aproximação aconteceu depois que o Major disputou o governo de Goiás, terminando em terceiro. “Desde o começo do ano ele me procurou e nos aproximamos.” Segundo ele, também há contato com Leandro e Amilton, mas o emedebista um pouco mais distante. 

“Da minha parte, não há empecilhos para uma ponte futura. É legítimo, neste momento, todos se colocarem à disposição, fazerem testes e pesquisas”, argumenta. “Hoje eu tenho trabalhado para que a direita tenha um nome viável para vencer as eleições. E isso vai demandar união e desprendimento de todos”, ressalta não ter vaidade, apesar de estar à disposição do partido “para qualquer missão em Goiás”. 

Sobre essa missão, contudo, ele diz que não seria vice. De acordo com ele, poderia entrar no páreo em Goiânia – como prefeito ou vereador. Porém, atualmente, Anápolis é a maior possibilidade. “Tenho ligação maior de trabalho, cidade onde estou melhor em pesquisas.” Vitor Hugo lembra que, no município, na disputa ao governo, ele teve quase 25% dos votos na cidade. “Também tenho ligação afetiva pelo potencial logístico, econômico e todo o trabalho que fiz. Me impulsiona”, completa.

Ele ainda faz questão de dizer que, apesar de não ter nascido no município (nasceu no Estado da Bahia) – mas já viver em Goiás há 20 anos –, nomes como o de Antônio Gomide e Roberto Naves também não. “O Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem se destacado como governador de São Paulo, é do Rio”, compara. 

Questionado se não usaria a prefeitura como trampolim para outro cargo (Senado ou Câmara Federal, em 2026), caso fosse eleito, Vitor Hugo faz o compromisso, se o nome dele for definido pelas direitas, de cumprir o mandato até o fim. “Não sairia”.

Apoio de Bolsonaro

Vitor Hugo não comenta o assunto e, como mencionado, prefere não cravar a pré-candidatura. Fontes próximas ao político, todavia, garantem que o ex-presidente Jair Bolsonaro vai apoiar o ex-deputado federal em Anápolis, como fez ao governo de Goiás.

No último dia 20, inclusive, os dois se reuniram e Vitor Hugo publicou uma mensagem sugestiva. “Hoje, mais uma vez, tive oportunidade de conversar com o presidente Jair Bolsonaro sobre o futuro de Goiás e de nossos municípios. Feliz em novamente perceber o quanto Anápolis é uma das grandes prioridades da direita no Brasil, em função do seu imenso potencial em todos os campos. Como cidadão anapolino, fiquei muito feliz com a conversa”.