Governadoriáveis se posicionam no segundo turno presidencial

O governador eleito pelo DEM, Ronaldo Caiado, votou em Jair Bolsonaro e o governador tucano, José Eliton, declarou voto em Haddad do PT

Postado em: 29-10-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Governadoriáveis se posicionam no segundo turno presidencial
O governador eleito pelo DEM, Ronaldo Caiado, votou em Jair Bolsonaro e o governador tucano, José Eliton, declarou voto em Haddad do PT

Governador eleito no primeiro turno, Ronaldo Caiado, votou pela manhã de domingo em Nova Crixás no candidato Jair Bolsonaro

Rafael Oliveira*

O governador eleito de Goiás, senador Ronaldo Caiado (DEM), viajou a cidade de Nova Crixás para votar no candidato do PSL Jair Bolsonaro, a quem já havia declarado apoio e realizou atos políticos em Goiânia a favor do capitão reformado do Exército. Durante entrevista à imprensa na saída do colégio eleitoral, Caiado defendeu a eleição do presidenciável.

Continua após a publicidade

“Se Deus quiser nos teremos a vitória do presidente Jair Bolsonaro, e como tal será peça importante para nós para a renegociação da divida e novos investimentos que deverão chegar ao estado de Goiás, a credibilidade que nós temos junto ao próximo presidente da republica nos dará condição especial para que possamos pedir uma ajuda especial para tirar Goiás dessa condição critica que vivemos”.

O senador ainda ressaltou que o principal desafio da sua gestão será recuperar as finanças do Estado. “Eu tenho a certeza de que Goiás é muito maior que todos os problemas que tem, nós vamos recuperar o estado, o estado de Goiás vai ser referencia nacional”. 

O governador de Goiás, José Eliton (PSDB), votou em Fernando Haddad (PT) neste domingo. O tucano demonstrou preocupação com as declarações de Jair Bolsonaro (PSL). “Você tem que ter posição. Vou votar no Haddad. Não porque acredito que ele é o melhor pro Brasil, tanto é que votei no Geraldo Alckmin no primeiro turno, mas porque eu acho que ele defende algumas questões que são mais importantes: as questões relacionadas à democracia, a valores, a respeitar a opinião de todos e as instituições. […] Com todos os defeitos que nós temos enquanto nação, avançamos muito. Então, vejo isso como, às vezes, um sentimento de que o discurso fácil está muito aflorado”, afirmou.

José Eliton também ressaltou que o candidato do PSL representa um “risco para alguns valores importantes”, e citou a democracia. “Quando você vê um filho dele, ainda que ‘de brincadeira’, falar que um guarda e um cabo fecham o Supremo, o candidato a vice propor uma constituinte feita por ‘notáveis’ para substituir uma Assembleia Constituinte, quer dizer que, se eu ficar com raiva de uma decisão judicial, eu vou fechar o Judiciário? Se eu ficar com raiva de uma lei que foi aprovada pelo Parlamento, eu vou lá fechar o Parlamento? São sinais delicados”, questionou.

O senador eleito, Vanderlan Cardoso, votou de manhã no Colégio Estadual Novo Mundo. Vanderlan, que já declarou voto em Jair Bolsonaro, disse acreditar que, independente de quem seja eleito, o novo presidente terá que assumir o compromisso com as reformas,principalmente a Política e tributária, para o Brasil voltar a crescer.

Vanderlan falou ainda da ação que está movendo contra o aumento na conta da energia elétrica em Goiás. “Tem que dar um basta nesses abusos. A população não aguenta mais pagar a conta da falta de gestão”, finalizou.

O ex-candidato ao governo de Goiás pelo MDB, deputado federal Daniel Vilela, não declarou apoio a nenhum candidato no segundo turno e não disse em quem votaria. 

A ex-candidata pelo PT, Kátia Maria, votou em seu correligionário de partido, Fernando Haddad. A professora também foi uma das coordenadoras da campanha de Haddad em Goiás e organizou vários carreatas ao petista. 

A reportagem não conseguiu contato com o professor Weslei Garcia, que se candidatou pelo Psol; o professor Marcelo Lira do PCB e da ex-candidata Alda Lúcia, candidatou-se pelo PCO. No primeiro turno, os políticos citados apoiaram os candidatos de seus partidos.

O vereador de Goiânia, Jorge Kajuru (PRP), não foi localizado e não havia declarado apoio a nenhum presidenciável no segundo turno.(*Especial para O Hoje)

Veja Também