Deputado Rubens Otoni não acredita em polarização em Goiás

Parlamentar do PT, Rubens Otoni tem adotado tom de petistas goianos de que eleitor vai privilegiar quem tem credibilidade e não vai preferir por ideologia

Postado em: 12-03-2024 às 09h30
Por: Yago Sales
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Parlamentar do PT, Rubens Otoni tem adotado tom de petistas goianos de que eleitor vai privilegiar quem tem credibilidade e não vai preferir por ideologia | Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

Na esquerda ou na direita é difícil de conhecer um parlamentar goiano que entenda mais de municipalismo do que o deputado federal Rubens Otoni, do Partido dos Trabalhadores (PT). 

Mais confortável agora, que o seu partido alcançou o cargo mais importante da nação após pouco mais de ano com Temer e quatro com Jair Messias Bolsonaro com o retorno de Lula da Silva, Otoni está trabalhando para encontrar, junto com a executiva estadual da sigla, o prumo da legenda na disputa municipal deste ano. 

Enquanto os remanescentes de Jair Bolsonaro em Goiás, os chamados bolsonaristas, acreditam que haverá polarização entre candidatos da direita com os da esquerda, líderes do PT, em consonância, têm afirmado que não, a eleição municipal é diferente e, normalmente, os políticos que buscam eleger-se precisam mostrar que podem gerir suas cidades. E isto vai além do aspecto ideológico, dizem. 

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A presença de Jair Bolsonaro, que já veio mais a Goiás como presidente e ex do que Lula desde que ele surgiu na vida pública na década de 1970, deve ser prioridade em diversos palanques. Pode-se compreender que Bolsonaro vai aparecer em Goiânia, que vai ter o deputado federal Gustavo Gayer (PL), como candidato, com antagonismo, sobretudo, ao nome da petista também deputada federal Delegada Adriana Accorsi. 

Em Anápolis, que, como cresce cada vez mais a possibilidade, do emedebista – bolsonarista – Márcio Correa que deverá liderar uma frente da direita contra o também petista e deputado estadual Antônio Gomide que, inclusive, já foi prefeito da cidade. Anápolis é, hoje, uma das cidades onde a presença de Bolsonaro é uma estrela cadente, mesmo assim, num fenômeno que poucos cientistas políticos podem opinar, Gomide lidera em todos os cenários. 

Sobre a vinda de Lula a Goiás para subir em palanques, o deputado Rubens Otoni afirma: “Presidente da República não tem agenda para se empenhar nas campanhas municipais especificamente. Mas o apoio político já está dado. Gravará vídeos de apoio e possivelmente virá em alguma atividade especial de campanha”. 

Sobre a tal polarização, a pedido do jornal O Hoje, ele afirma, ainda: “A dinâmica da eleição municipal é diferente. É mais focada em propostas de políticas públicas para os vários segmentos da administração. Vai prevalecer o serviço prestado por cada candidato e a sua credibilidade na sociedade”. 

“A nacionalização do debate não resolve os problemas da cidade. O eleitor quer saber como serão sanadas as questões cotidianas que afetam diretamente sua vida”, afirmou a deputada ao repórter do jornal O Hoje Gabriel Neves. 

Accorsi aparece entre os três nomes mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto para a Prefeitura de Goiânia, algo que já viu ocorrer quando se candidatou ao mesmo cargo em 2020. O PT, no entanto, sequer chegou ao segundo turno. Na ocasião, Maguito Vilela saiu vitorioso sobre o adversário Vanderlan Cardoso (PSD), com quem, hoje, o partido de Accorsi dialoga e tenta montar chapa. 

Outra petista que foi procurada pelo repórter Gabriel Neves foi a vereadora por Goiânia Kátia Maria, presidente estadual do partido. “A pauta da democracia estará presente em Goiás e no Brasil”, disse ela.

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