Márcio Cândido não tem do que reclamar na sucessão de Roberto Naves

Vice-prefeito, que busca consolidar nome para candidatura em outubro, espera aval para se firmar como nome da base governista

Postado em: 15-03-2024 às 07h30
Por: Yago Sales
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Dias atrás, Márcio Cândido demonstrou uma invejável força entre os grupos conservadores da cidade ao conseguir ter, ao favor de sua candidatura, a elite da Assembleia de Deus em Goiás | Foto: Reprodução

Márcio Cândido sempre foi o tipo de pastor carismático, ao mesmo tempo duro nas palavras e, principalmente, obediente às lideranças da igreja, o que lhe rendeu respeito, nos últimos anos, dentro da Assembleia de Deus não apenas em Anápolis quanto em Goiás. Vice-prefeito do titular do posto de prefeito Roberto Naves, Márcio jamais poderia ser colocado no balaio dos vices figurativos, ineficientes e, tampouco, em busca do holofote além do próprio chefe do executivo. 

Talvez por isso, sem ter atropelado Naves – não pelo menos de forma transgressora, desrespeitosa e incoerente – que ele figura como um dos pré-candidatos à Prefeitura de Anápolis na base do atual prefeito. 

Dias atrás, Márcio Cândido demonstrou uma invejável força entre os grupos conservadores da cidade ao conseguir ter, ao favor de sua candidatura, a elite da Assembleia de Deus em Goiás, entre os quais, Bispo Oídes do Carmo, a maior liderança da igreja. 

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Em conversa com a reportagem do jornal O Hoje, o vice-prefeito, que já ocupou diversas secretarias na prefeitura da cidade, está tão feliz que não consegue esconder. Ele lembra do percurso na igreja, onde, evidentemente, aprendeu parte da identidade conservadora que defende, sobretudo com alinhamento ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, que tornou-se representante da direita brasileira pouco antes de o Brasil elegê-lo em 2018 presidente do Brasil. 

“Eu já pastoreei várias igrejas. Atualmente eu sou pastor titular de uma congregação em Anápolis, por ofício ministerial. A assembleia de Deus ela tem dentro das suas normativas. Ela não impede que o pastor titular de uma igreja tenha outras atividades”, conta acerca de conseguir estar na igreja e, paralelamente, na atividade política conta ele que já teve uma agência de publicidade e já ter trabalhado como diretor-geral de uma rádio. 

Depois de fazer um retrospecto da vida anterior à pré-candidatura, que ele garante não abrir mão, mesmo com as pressões no entorno em prol, por exemplo, do nome de Márcio Correa (MDB) que, também, levanta bandeiras da direita. “Mas eu sou o que mais defende o presidente Bolsonaro. Só olhar minhas redes sociais”, disse em certa altura da conversa com o jornal. 

E, com isso, sabe que o maior desafio agora é garantir o apoio político-partidário. “A questão dos apoios, nós estamos construindo isso a quatro mãos. A cada dia que passa a gente constroi isso”, diz, antes de dizer que quer sim o apoio do prefeito Roberto Naves. “A minha relação com Roberto, ela é uma relação que ela ultrapassa os limites da política, porque nós temos um relacionamento pessoal, é um amigo, irmão, conselheiro. Agora o Roberto tem dentro do seu grupo outros nomes que são também de confiança dele para disputar a prefeitura de Anápolis”, reconhece. 

Ele, no entanto, entende que vai ser necessária a viabilidade. “Agora isso é uma construção, é um projeto. E o prefeito Roberto Naves é peça fundamental nesse projeto. Ele é peça fundamental no desenvolvimento desse projeto. E eu até acho que não é possível ganhar uma eleição se a gente não tiver o apoio do prefeito”, afirma ele.

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