MDB rivaliza com PL em Rio Verde

Candidato do prefeito Paulo do Vale vai ser Carrijo; contraponto à chapa governista é o ex-deputado e presidente da Alego Lissauer Vieira

Postado em: 06-04-2024 às 11h30
Por: Yago Sales
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Recentemente, em análise na coluna Xadrez, o jornalista Wilson Silvestre, do jornal O Hoje, lembrou: “Para a maioria dos rioverdenses, a gestão do prefeito Paulo do Vale é ótima, mas, como liderança política, existem mais divergências do que aprovação” | Foto: Reprodução

Quem acompanha o cenário político-eleitoral de Rio Verde, sob as coordenadas do prefeito Paulo do Vale, compreende que talvez não haja muita mudança. O candidato do mandatário é, de fato, o médico Wellington Carrijo. 

Do MDB, Carrijo, embora não pontue bem nas pesquisas, é o queridinho do próprio prefeito, de Daniel Vilela e de Ronaldo Caiado, do União Brasil. Não se pode esquecer, claro, do apoio de Lucas do Vale. 

Em contraponto à candidatura da base governista, surge, com força, foco e fé, o nome do ex-presidente da Assembleia Legislativa (Alego) Lissauer Vieira do PL do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. O elogio que corre na cidade é que o ex-deputado tem conseguido fazer uma nominata invejável na cidade, atraindo para si até ex-prefeitos. Todos sob o lema: derrotar os do Vale. Simples. 

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Não é de agora que o jornal O Hoje tem abordado a crônica política local, com indecisões e aguardos por parte de Lissauer que, até o último momento, esperava que o atual prefeito o apoiasse para a sucessão. Não ocorreu. O jeito vai ser fazer política na raça, indo contra a máquina e todo o poderio advindo de Goiânia, ou seja, do Palácio das Esmeraldas. 

Recentemente, em análise na coluna Xadrez, o jornalista Wilson Silvestre, do jornal O Hoje, lembrou: “Para a maioria dos rioverdenses, a gestão do prefeito Paulo do Vale é ótima, mas, como liderança política, existem mais divergências do que aprovação”. 

E retratou: “Sua personalidade centralizadora só permite pessoas à sua volta se forem obedientes e rezarem em sua cartilha política. Por conta de seu estilo meio feudal nas tratativas para costurar alianças, acabou criando um problema para a base de Ronaldo Caiado e Daniel Vilela em Rio Verde”. 

Na ocasião, o prefeito havia criado birra de uma personagem importante da política de Rio Verde: a deputada federal Marussa Boldrin qie à época comandava o diretório municipal. Na ocasião, Paulo do Vale temia que Marussa apoiasse um adversário de seu grupo, mesmo a deputada sendo fiel à base caiadista. “Por conta dessa insegurança entre os dois, o prefeito articula para filiar no União Brasil seu pupilo político, Wellington Carrijo, que permanece no MDB. Mesmo taxando a deputada de intransigente, Marussa sempre pediu ao prefeito uma garantia de apoio à sua reeleição em 2026”, lembrou Silvestre, na coluna. 

A intenção primordial e irreversivelmente era, justamente, 2026. E Paulo quer mesmo é garantir o futuro político do filho, Lucas do Vale, que deverá ser lançado para deputado federal no próximo pleito. Para isso, teria de tirar base de Marussa, enfraquecendo-a. Tudo isso gerou ira no presidente da Faeg, José Mário Schreiner. Não deu certo.

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