Bolsonaro lidera ato com aliados e apoiadores em Copacabana

Durante a manhã deste domingo (21), aliados de Jair Bolsonaro realizaram um ato público em Copacabana, Rio de Janeiro, defendendo o ex-presidente e pautas como liberdade de expressão. Convocados por Bolsonaro através das redes sociais, mais de 32 mil pessoas compareceram na manifestação. As falas dos manifestantes misturaram política e religião, abordando liberdade de expressão e críticas à imprensa e às investigações em curso.

Bolsonaro, acompanhado da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, chegou por volta das 10h ao evento organizado por Silas Malafaia, com a presença do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Durante o ato, discursos abordaram política, religião e liberdade de expressão, com apoio a Bolsonaro e críticas a veículos de imprensa, o governo atual e o ministro do STF Alexandre de Moraes, além de comentários sobre as investigações relacionadas à tentativa de golpe.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro abriu os discursos com citações religiosas e pediu por uma “política feminina e não feminista”. Já Bolsonaro adotou, durante seu discurso, uma retórica de perseguição, relembrando polêmicas do governo Lula e negando a existência de uma minuta de golpe. Silas Malafaia, por sua vez, foi enfático em suas críticas a Moraes, chamando-o de “censor” e “ameaça à democracia”, além de criticar as Forças Armadas e Rodrigo Pacheco.

O deputado federal, Gustavo Gayer (PL-GO), dirigiu-se ao bilionário Elon Musk em inglês, agradecendo seu apoio à causa da liberdade. “Eles fizeram de tudo para impedir que vocês viessem hoje. O Brasil se tornou hoje o cenário da batalha pela liberdade no mundo inteiro. O mundo está admirado de ver um povo tão perseguido que nãoi se cansa de lutar. Vou falar em inglês porque com certeza o Elon Musk está olhando para cá agora. Essa mensagem é para o mundo, o que você vê aqui são pessoas que amam a liberdade e que não vão desistir e que estão dispostas a dar suas vidas por ela”.

Bolsonaro é alvo de investigações sobre a tentativa de golpe em janeiro de 2023, com seu passaporte apreendido em fevereiro por ordem de Moraes. As investigações apontam discussões sobre uma minuta de golpe durante seu mandato, incluindo prisões de autoridades e alegações de fraude eleitoral.

Em junho do ano anterior, o TSE o tornou inelegível por oito anos por abuso de poder político, seguido de outra decisão em outubro pelo mesmo motivo.