Base está de acordo com ‘indicação’ de Bruno para a vice de Mabel 

Luciene Peixoto é o nome, por ora, cotado

Postado em: 22-04-2024 às 12h12
Por: Luan Monteiro
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Luciene Peixoto é o nome, por ora, cotado. Esposa do presidente da Alego se filiou estrategicamente ao Avante em busca de espaço no time governista | Foto: Divulgação/Alego

A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) não quer o papel de mera coadjuvante nas eleições de 2024. O Parlamento, por meio de seu presidente, deputado Bruno Peixoto (UB), no entanto, tem sido visto como uma pedra no sapato dos emedebistas que já articulam de olho na vaga de vice-prefeito na chapa governista. 

A princípio, todos sabem, o nome de Bruno Peixoto era ventilado como uma das principais alternativas à prefeitura, mas o presidente precisou recuar publicamente depois de ter seu nome fritado por lideranças próximas ao governador Ronaldo Caiado (UB). Como já mostrado, inclusive, pelo O Hoje, o principal argumento à época era de que Bruno ‘ja tinha ganhado a Alego’, ou seja, não poderia ele querer também a prefeitura. 

Pois bem, Peixoto tirou o time de campo. Os meses se passaram e a base chegou, sem muitas alternativas, ao nome de Sandro Mabel (UB) como o, por ora, candidato do governador em Goiânia. Bruno, em paralelo, articulou a filiação de sua esposa, Luciene Peixoto, ao Avante. Agora, o político é visto nos bastidores como alguém que tem uma valiosa moeda de troca para barganhar com o núcleo duro do governo. 

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Acontece que o Parlamento quer, por sua ampla base de apoio a Caiado, indicar a vice de Mabel. Por outro lado, o MDB, de Daniel Vilela, é quem teria esse ‘direito’ em função da dobradinha entre os partidos que se repete desde 2022 e agora, em 2024, em incontáveis municípios. 

Bruno, porém, ao que tudo indica, contra argumenta ao desejo de alguns de que a dobradinha se repita também na capital: ‘Daniel já ganhou a vaga de sucessor ao governo em 2026, quer também a vice em Goiânia?’, é o entendimento. 

Segundo fontes próximas a Peixoto, a ‘tacada de mestre’ rendeu a ele o poder de barganha por meio de um grupo de partidos. São eles: Agir, Avante, PRD e PSB. Se indicarem a vice de Mabel, o governo teria o apoio da Casa bem como a chegada de todas essas siglas ao projeto. Caso contrário, o grupo se veria livre para negociar com quem o valoriza. 

Recentemente, diversos deputados se reuniram para falar sobre o assunto. O melhor: o grupo de Bruno não vê dificuldades em brigar por Luciene  Peixoto. “Estaremos com Bruno nessa”, garantiu um dos consultados que acredita, inclusive, que nos 45 do segundo tempo o presidente da Casa pode ser “convocado” por Caiado a entrar na disputa. 

As declarações recentes de Sandro Mabel dificultam ainda mais a situação do próprio governo. Ele falou sobre seu desejo em ter na vice uma mulher evangélica. O tiro saiu pela culatra pois Luciene, apesar de não ser evangélica, representa a voz feminina, algo que carece ao time emedebisra.

O MDB, para tal posto, só teria Ana Paula Rezende, filha do ex-governador Iris Rezende Machado. Ela, porém, já disse não ter interesse, o que piora a situação do grupo liderado por Daniel. A leitura é que se Caiado não ‘topar’ será meramente para não permitir que Bruno ganhe ainda mais musculatura política na capital e também fora dela. 

Se o cenário futuro for esse, é provável, inclusive, que o presidente leve ‘seus’ quatro partidos a alguma das bases adversárias. O que, certamente, enfureceria o governo. São cenas dos próximos capítulos. 

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