Vice de Accorsi será definido a partir de diálogo com apoiadores, diz Otoni

Em Anápolis, PT não subestima avanço de adversários, apesar de boa avaliação de Antônio Gomide nas pesquisas de intenção de voto

Postado em: 23-04-2024 às 07h30
Por: Gabriel Neves Matos
Imagem Ilustrando a Notícia: Vice de Accorsi será definido a partir de diálogo com apoiadores, diz Otoni
Partidos à esquerda como Rede, PV e PSOL já oficializaram apoio ao projeto do PT em Goiânia | Foto: Leandro Braz/O Hoje

Deputado federal há mais de 20 anos, Rubens Otoni (PT) tem agora o novo encargo de coordenar as pré-campanhas dos petistas Adriana Accorsi e Antônio Gomide às Prefeituras de Goiânia e Anápolis, respectivamente, na eleição deste ano. Ele diz que na Capital goiana o vice de Accorsi não será indicado pelo PT. E em Anápolis, a sigla não subestima o possível avanço dos adversários — embora Gomide goze de bons números nas recentes pesquisas de intenção de voto. 

O parlamentar sustenta que o nome que irá compor com Accorsi em Goiânia “tem de sair do diálogo das lideranças dos partidos políticos, dos segmentos sociais que venham a dar o apoio a nossa pré-candidata”. “O PT já indicou a candidata a prefeita. O vice será indicado por quem venha a dar esse apoio. O diálogo é para trazer apoio. Depois, esse grupo de apoiadores vai no momento certo definir quem melhor representa”, afirma Otoni em entrevista ao podcast Momento Político, do jornal O HOJE. 

O coordenador de pré-campanha afirmou também que os diálogos que Accorsi vem fazendo com nomes ligados ao empresariado, como o presidente do Sistema Fecomércio/Sesc e Senac no Estado, Marcelo Baiocchi, não são necessariamente com o interesse de formação de chapa. O parlamentar ainda indicou que o perfil do vice da petista deverá ser de alguém que ampliará o diálogo com os goianienses e  que atrairá mais apoios. 

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Partidos à esquerda como Rede, PV e PSOL já oficializaram apoio ao projeto do PT em Goiânia. O PCdoB, no entanto, mantém a pré-candidatura de Fábio Tokarski. Sobre isso, Otoni diz que dentro da federação o assunto é tratado com “maturidade” e que o nome do esquerdista é visto mais no sentido de ampliação do debate sobre a Capital, e crê que “no momento correto estaremos somando forças”. 

Já com relação ao PSB, o partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, o deputado federal ecoa o que Accorsi já afirmou ao HOJE em recentes entrevistas. Otoni afirma que a sigla está no “rol de importâncias” para o PT e que o diálogo segue aberto. “O PSB, como não é da federação, tem uma autonomia e um tratamento diferente. Nós estamos buscando não apenas o apoio do PSB mas também de outras siglas. A gente não fica divulgando, mas o nosso trabalho está ativo”, comenta. 

Anápolis 

Irmão do pré-candidato a prefeito de Anápolis Antônio Gomide (PT), que vem liderando as recentes pesquisas de intenção de voto, Rubens Otoni afirma que uma das vantagens do PT é a experiência em campanha. “Isso é o que faz a gente não subir no salto alto e trabalhe bastante”, diz ele. “Em Anápolis nossa situação é favorável, mas a disputa é acirrada e nós não menosprezamos o cenário político que temos lá”, pondera, em referência ao possível adversário do PL, Márcio Corrêa, apoiado pelo ex-presidente Bolsonaro (PL).

“A população de Anápolis tem saudade da época que o PT administrou a cidade. O Antônio Gomide tem essa referência de um bom administrador. Tudo isso facilita muito no trabalho”, diz Otoni, que acrescenta também que a sigla administra Cidade de Goiás, Itapuranga e Professor Jamil. Nessas cidades, crê que os gestores são bem avaliados e têm expectativa de poder. 

Governo Federal

Durante a entrevista ao podcast, Otoni também fez uma avaliação sobre o desempenho do presidente Lula (PT) no exercício do terceiro mandato. Ele acha que a relação entre o Legislativo e Executivo melhorou e que o trato com os deputados federais e senadores mudou porque, diz, Lula procura abrir diálogo com todos. 

Para Otoni, o êxito de Lula à frente do Executivo se deve a fatores como experiência política, maturidade, e a habilidade de mediação. “Na grande maioria dos debates e das ideias mais importantes, ele tem conseguido não fazer prevalecer a sua ideia e posição, mas mediar, chegar a um entendimento que permite aprovar as matérias”, afirma. 

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