Debate sobre cargos foi “mal conduzido, mas voltará”

Rubens Salomão

Postado em: 04-04-2019 às 20h05
Por: Sheyla Sousa
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Rubens Salomão

Deputados da bancada goiana em Brasília esperam que, depois
do mal-estar criado nas últimas semanas, o Palácio do Planalto, por meio do
líder Major Vitor Hugo (PSL/GO), retome as conversas sobre a indicação de
cargos federais em Goiás. O impasse foi concluído, até então, com a decisão dos
parlamentares de não realizar qualquer indicação, diante da desconfiança do
governo de Jair Bolsonaro sobre possíveis futuros casos de corrupção envolvendo
nomes enviados pelos políticos. “Não se pode construir uma relação com base
nesse tipo de conceito, de que os deputados têm que assinar um documento se
responsabilizando ou mesmo escolhendo em um banco de talentos. A ideia até é
boa, mas o processo foi muito mal conduzido”, avalia o deputado federal
Francisco Júnior (PSD). O parlamentar goiano tem postura mais centrada entre os
aliados do presidente e entendeu que o debate sobre as indicações “terá de ser
retomado”. “Mais do que esse toma lá dá cá, os cargos estão vagos e governo
fica travado sem essas indicações”.

Candidatura

Francisco Júnior foi candidato a prefeito de Goiânia em 2016
e teve campanha elogiada por todos os adversários. “Só faltou votarem em mim,
né?”, brinca o deputado, que confirma à Coluna avaliação para novo pleito na
Capital em 2020.

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Política é nuvem

Questionado sobre o passado ao lado de Iris Rezende e uma
possível nova aliança, Francisco admite: “Em política tudo é possível. Isso é
algo a ser conversado, mas o mais importante é se debater a região
metropolitana como um todo”.

NOTA COM FOTO DE ANTÔNIO GOMIDE

Projeto determina
consulta pública

A Assembleia Legislativa começou a apreciar projeto que, se
for aprovado e sancionado, obrigaria o governo estadual a realizar uma consulta
pública regional em cada município antes de se executar a extinção ou fusão de
escolas, ou mesmo mudanças em seu funcionamento, como no caso de unidades que
prestam serviço em tempo integral e voltam a ser regulares. O autor, deputado
estadual Antônio Gomide (PT), justifica o projeto, mesmo depois de ter
conversado diretamente com a secretária, Fátima Gavioli, que participou de
reunião da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa nesta semana. “A
preocupação é que, em menos de 90 dias tivemos 18 escolas fechadas e 58 que
estavam em tempo integral que voltaram para o padrão. Entendemos que é avançar
na educação com mais diálogo junto às cidades”, argumenta o ex-prefeito de
Anápolis. Gavioli, no entanto, esclarece que tido contato direto com as
demandas locais e que o processo de reordenamento fortalece as escolas, além de
já resultar em economia de R$ 20 milhões mensais.

CURTAS

Tramita – O
projeto e ainda passar pela CCJ e em duas votações em plenário, antes de ser
enviado à sanção ou veto do governador Ronaldo Caiado (DEM).

Do mercado – “Base
do governo federal continua achando que é nas as redes sociais que as reformas
acontecerão”, observa a economista Ana Carla Abrão.

Inviável – “Vejo
que os 308 votos para aprovação de uma PEC são apenas um detalhe desimportante
desse processo”, ironiza Ana, que defende a reforma da previdência.

Desaceleração

Depois de rompante inicial, já perdeu força na Assembleia
Legislativa a ideia entre de se zerar as emendas impositivas em 2020 para que
só aliados do governo recebessem, por promessa do governo. Antes um pássaro na
mão que dois voando.

Guerra declarada

A adesão de um tucano à base de Ronaldo Caiado (DEM)
provocou reação imediata na liderança do PSDB. Talles Barreto já registrou assinaturas
da maioria da bancada para pedir à mesa diretora a troca de Diego Sorgatto por
Helio Sousa na CCJ.

Sem chance

“Esse é um problema do partido e eles devem resolver
internamente. Eu não vou trocar um membro da CCJ que foi indicado lá na
composição das comissões. O parlamento é democrático”, antecipa o presidente da
Alego, Lissauer Vieira (PSB).

Fatores

Sorgatto aderiu ao governo de olho na disputa à prefeitura
de Luziânia, no entorno do Distrito Federal em 2020. O deputado faz oposição ao
prefeito Cristóvão Tormin (PSD), já reeleito, e deve enfrentar Marcelo Melo.

Como está

O Ministério Público Federal apresentou parecer contrário à
solicitação do ex-presidente da Agetop, Jayme Rincon (PSDB), para se declarar a
incompetência da Justiça Federal para coordenar o inquérito da Operação Cash
Delivery.

Solicitação

Jayme fez o pedido em função de decisão Supremo
Tribunal Federal (STF), por meio de petição apresentada à 11ª Vara da Justiça
Federal em Goiânia, em 15 de março. 

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