Policial Militar pede dispensa após ser alvo de ataques homofóbicos dentro da corporação

Policial Militar pede dispensa após ser alvo de ataques homofóbicos dentro da corporação.

Postado em: 04-03-2022 às 15h16
Por: Cecília Sampaio
Imagem Ilustrando a Notícia: Policial Militar pede dispensa após ser alvo de ataques homofóbicos dentro da corporação
Os ataques aconteceram após postar foto beijando seu, hoje marido, mas na época namorado e com outro casal homoafetivo em sua formatura | Foto: Reprodução

Um policial militar do Distrito Federal pediu afastamento da corporação após ser alvo de ataques homofóbicos por colegas de profissão. A dispensa do cargo do foi publicada no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) na quarta-feira (2/3). O caso contra Henrique Harrison aconteceu em janeiro de 2020.

Os ataques aconteceram após postar foto beijando seu hoje marido, mas na época namorado e com outro casal em sua formatura. A foto, postada no dia 11 de janeiro há dois anos atrás fez com que, no mesmo mês, o ex-policial militar foi alvo de uma repreensão, pois ele teria exposto indevidamente integrantes da organização, infringindo o Regulamento Disciplinar do Exército (RDE) ao publicar um vídeo relatando os ataques homofóbicos que sofria.

Depois de oficializar sua dispensa ele publicou desabafo nas redes sociais: “A PM acabou com tudo de bom que eu tenho na minha cabeça, vou ter que me reconstruir e criar um novo eu, pois a corporação me destruiu”. Acrescentou ainda que não podia comentar sobre o caso antes, pois o Código Penal Militar o impedia. 

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Em nota policia do DF comentou sobre o caso por meio de uma nota.

“Henrique Harrison da Costa pediu licenciamento das fileiras da Corporação, conforme publicação no DODF nº 41 de 2 de março de 2022. As investigações que ele respondia na PMDF perderam qualquer vínculo disciplinar, pois o mesmo não faz mais parte da Corporação. Sobre as ofensas, a Polícia Militar não comenta sobre decisões que ocorrem fora da esfera da administração militar, decisões essas que ocorreram na Justiça Civil”, disse o texto.

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