Serial killers assustadores que assombraram o Brasil
Chico Picadinho é responsável por estrangular e esquartejar duas mulheres nas décadas de 60 e 70.
Séries, filmes e podcasts sobre crimes reais tem ganhado muita audiência ultimamente. Alguns canais se dedicam a explicar casos misteriosos e a narrar os passos, as motivações e a desvendar a mente de serial killers, que ganharam fama pelos atos brutais e criminosos. Os serial killers se diferenciam de outros homicidas pela sequência de mortes, geralmente seguindo um padrão. Para você que é fã de histórias de crimes reais, fizemos uma lista dos maiores e mais famosos assassinos em série do Brasil, que cometeram crimes bizarros.
Pedrinho Matador
Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, é considerado o maior serial killer do Brasil. Cometeu o primeiro crime aos 13 anos, quando empurrou seu primo no moedor de cana e depois o picou com um facão. Pedrinho Matador se autodefine assassino e justifica que mata por prazer ou vingança. Ele considerava todas as vítimas merecedoras.
Pedrinho é autor de 70 crimes reconhecidos na ficha criminal, porem admite ser culpado por mais de 100 mortes, entre elas, o assassinato de seu próprio pai, que acabou sendo preso na mesma cadeia que o filho após esfaquear sua mãe 21 vezes. Para se vingar, Pedrinho matou o pai na cadeia com 23 facadas, arrancou seu coração e, logo em seguida, o mastigou.
Este serial killer foi condenado a 128 anos de prisão, mas foi solto em 2007. Quatro anos depois, acabou sendo preso novamente e, oito anos depois foi liberado, aos 64 anos. No total, ele cumpriu 42 anos de pena.
Atualmente, Pedrinho Matador tem um canal no Youtube chamado “Pedrinho Ex Matador: Eu não sou o monstro”. Nos vídeos ele comenta crimes reais e conscientiza o público sobre o crime.
Helinho Justiceiro
Hélio José Muniz Filho, conhecido como Helinho Justiceiro, ficou famoso por ter matado 65 pessoas e chefiado um grupo de justiceiros matadores de bandidos aos 16 anos. Helinho Justiceiro matava apenas as “almas sebosas”, como eram conhecidos os criminosos da cidade. Ele era morador da cidade de Camaragibe, região metropolitana do Recife.
Com o aval da população, que o via como herói, o justiceiro encontrava, julgava, e matava indivíduos acusados de cometer crimes. Em 1997, após uma briga com um bandido, Hélio foi preso e assassinado na cadeia, aos 24 anos.
Monstro do Morumbi
José Paz Bezerra, conhecido como Monstro do Morumbi, aterrorizou a capital paulista nos anos 70. Ele assumiu a responsabilidade por 24 estupros e assassinatos nos anos entre 1966 a 1971.
A primeira denúncia feita contra Bezerra foi em 1970, quando ele deu carona para Iolanda Pacheco e, contra a vontade dela, direcionou o carro para o Morumbi. A mulher se jogou do carro em movimento e relatou o que aconteceu aos policiais. Mesmo assim, a polícia não conseguiu identificar o sequestrador.
Um tempo depois, foi encontrado o corpo de uma mulher em um terreno baldio localizado no Morumbi. A vítima estava seminua, amordaçada com o próprio sutiã, seus braços e suas pernas estavam amarrados com meias que também cobriam seu pescoço com sinais de estrangulamento. A vítima foi espancada e ficou com o rosto irreconhecível, dificultando a identificação.
Durante a análise, outro corpo foi encontrado na mesma situação: Nilza Cardoso, de 23 anos e Wanda Pereira da Silva, de 27, foram as vítimas.
As mortes seguiam um padrão: todas as vítimas eram mulheres, eram abandonas em terrenos baldios nuas, amordaçadas e com indícios de estrangulamento e estupro.
Em Outubro de 1970, a namorada de Bezerra revelou sua identidade para a polícia. O Monstro do Morumbi retornou para o Rio de Janeiro, seu estado natal e de lá, pegou várias caronas até chegar no Pará. Em Belém, outros corpos foram encontrados da mesma forma, com a mesma assinatura.
Em 1971, o assassino foi identificado e admitiu ter realizado todos os crimes os quais era culpado. José Paz Bezerra deveria ter cumprido mais de 100 anos de prisão, mas foi solto aos 56 anos e se encontra em liberdade até hoje. Felizmente, nunca mais vimos nenhuma movimentação do Monstro do Morumbi.
Chico Picadinho
Francisco da Costa Rocha recebeu o apelido de “Chico Picadinho” na prisão, quando foi, pela segunda vez, preso após matar e esquartejar sua segunda vítima.
A primeira vítima do serial killer foi Margareth Suida, uma bailarina austríaca de 38 anos. Eles se conheceram em uma noite de boemia, no bairro da Luz, região no centro da capital paulista conhecida na época como “Boca de Lixo”. Após muita bebida, Francisco a convidou para ir até o seu apartamento. Durante o ato sexual, ele se enfureceu por ela não ter aceitado alguma prática que ele havia proposto, e, então, a enforcou com um cinto. Quando notou que ela não estava respirando, a arrastou até o banheiro e esquartejou seu corpo com uma lâmina. O resultado final, de acordo com a perícia, foi a detecção de vários golpes nas regiões dorsal direita, glútea, perianal, pubiana, parte anterior do pescoço, torácica, abdominal, coxa esquerda, braço e antebraço esquerdo. Francisco, cansado, se deitou no sofá, dormiu e foi preso sem demonstrar resistência. Em entrevista, ele disse que esquartejou a mulher porque ela o lembrava sua mãe, que era prostituta.
Oito anos depois, o esquartejador foi solto. Estudou, trabalhou, casou-se, divorciou e voltou a frequentar a “Boca de Lixo”. Quase dois anos e meio depois de recuperar sua liberdade, matou Ângela de Souza da Silva, uma prostituta de 34 anos. Desta vez, Chico Picadinho estrangulou a mulher no momento da relação sexual e, com ajuda e uma faca, um serrote e um canivete, a esquartejou. Ele deixou a vítima sem os seios, sem os olhos e com a boca retalhada. A brutalidade chegou no nível do vaso sanitário ficar entupido, cheio de vísceras. Malas e sacos plásticos foram utilizados para esconder os membros.
Na prisão, ele trabalhou como bibliotecário. Cumpriu sua pena e ficou mais 20 anos preso enquanto a justiça decidia o que fazer com ele. Depois desse tempo, foi remanejado para um hospital psiquiátrico. Até o início da pandemia de Covid-19, Chico Picadinho exercia atividades laborterápicas dentro da biblioteca.
Maníaco de Goiânia
Tiago Henrique Gomes da Rocha aterrorizou Goiânia entre os anos 2011 e 2014. Ele, que ficou conhecido como o Maníaco de Goiânia, matava a vítima à distância, de sua moto, tendo preferência por mulheres, mendigos e gays. Houve outras situações em que a vítima foi estrangulada ou morta a facadas. Tiago não era do tipo de escolhia e vigiava seu próximo alvo, ele matava aleatoriamente.
Conta-se que Tiago vivia com um ódio irracional por causa de traumas e, com 17 anos, já tinha vontade de matar. Ele foi estuprado por um vizinho quando criança, era vítima de bullying e foi traído pela namorada. Nos julgamentos, a defesa justificava, alegando que Rocha tem transtornos mentais.
Ele assassinou 39 pessoas. Tiago precisou passar por uma série de julgamentos por homicídio, entre eles o assassinato de Bárbara Luíza Ribeiro Costa, em 2014, que aconteceu no setor Lorena Park. A vítima tinha apenas 14 anos quando levou um tiro de um motociclista enquanto esperava sua avó em um praça. Ela tinha acabado de sair do salão de beleza e faria 15 anos em menos de um mês. Além dos assassinatos, Tiago foi condenado por porte de arma ilegal, pequenos furtos e assaltos, resultando em uma pena de mais de 600 anos de prisão.
Em 2018, o Maníaco solicitou um casamento com uma detenta que cumpria pena no mesmo presídio. Ela era suspeita de latrocínio e condenada por roubo. Como eles não se conheciam antes de serem presos, a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) negou o pedido.
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