Aos 97 anos, morre no Rio de Janeiro a sambista Dona Ivone Lara

Ela estava internada desde a última sexta-feira (13) no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) da Coordenação de Emergência Regional (CER), no Leblon, com um quadro de anemia

Postado em: 17-04-2018 às 10h00
Por: Márcio Souza
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Ela estava internada desde a última sexta-feira (13) no Centro de Tratamento e Terapia Intensiva (CTI) da Coordenação de Emergência Regional (CER), no Leblon, com um quadro de anemia

A cantora e compositora Dona Ivone Lara morreu na noite de
ontem (16), aos 97 anos, no Rio de Janeiro. Ela estava internada desde a última
sexta-feira (13)  no Centro de Tratamento
e Terapia Intensiva (CTI) da Coordenação de Emergência Regional (CER), no
Leblon, com um quadro de anemia.

O corpo será velado agora de manhã na quadra da Império
Serrano, sua escola do coração, em Madureira, na zona norte da cidade. O
sepultamento está marcado para a tarde, no cemitério de Inhaúma.

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A Portela, outra escola tradicional de Madureira, divulgou
nota chamando dona Ivone Lara de “patrimônio do Império, da Portela e da
cultura brasileira”. Considerada um dos maiores nomes da música popular
brasileira em todos os tempos, a cantora sempre foi muito ligada também aos
compositores da Portela. Era grande amiga de Candeia, Monarco e Paulinho da
Viola, por exemplo.

O sambista Dudu Nobre usou o seu perfil no facebook para
homenagear a artista. “Obrigado por tudo dona Ivone Lara. As bênçãos, os
ensinamentos,as conversas, os sambas, a poesia. Descanse em paz, Grande Dama do
Samba”.

Nascida em 13 de abril de 1921, no Rio de Janeiro, dona
Ivone Lara compôs seu primeiro samba aos 12 anos, “Tiê, tiê”, depois
de ganhar de seus primos um pássaro da espécie tiê.

Aprendeu a tocar cavaquinho com o tio  Dionísio Bento da Silva, que tocava violão de
sete cordas e integrava o grupo de chorões que reunia Pixinguinha e Donga.

Sua primeira escola de samba foi a Prazer da Serrinha, que
começou a frequentar em 1945 e para quem compunha sambas que eram assinados
pelo seu primo Fuleiro, devido ao preconceito contra as mulheres que existia
nas agremiações naquela época.

Enfermeira e assistente social, trabalhou com pacientes que
tinham doença mental. Ingressou na Império Serrano em 1965 e gravou seu
primeiro disco, “Samba minha verdade, samba minha raiz”, em 1974. Ao
se aposentar da área da saúde em 1977, passou a se dedicar integralmente à
música.

Entre suas composições mais conhecidas estão Sonho meu e
Acreditar, ambos em parceria com Délcio Carvalho. 

Com informações da Agência Brasil.

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