Supremacistas marcam protesto em frente à Casa Branca

No ano passado, centenas de neonazistas tomaram as ruas de Charlottesville em um dos momentos mais tensos para a sociedade americana dos últimos tempos

Postado em: 12-08-2018 às 14h20
Por: Alessandra Rocha
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No ano passado, centenas de neonazistas tomaram as ruas de Charlottesville em um dos momentos mais tensos para a sociedade americana dos últimos tempos

Manifestantes devem se reunir nos arredores de Washington por volta da 14h no horário local (Foto: Reprodução)

Os grupos de supremacistas brancos que aterrorizaram os americanos há um ano em uma manifestação trágica que aconteceu em Charlottesville, no estado de Virgínia, prometem neste domingo (12) um novo protesto, desta vez em Washington, previsto para terminar em frente à Casa Branca. As informações são da EFE.

Em 12 de agosto de 2017, centenas de neonazistas tomaram as ruas de Charlottesville em um dos momentos mais tensos para a sociedade americana dos últimos tempos. Hoje, esses mesmos grupos chegam à capital dos Estados Unidos para uma ação semelhante. Eles se reunirão nos arredores de Washington por volta da 14h (15h em Brasília) para ir de metrô até o centro. A partir das 17h (18h em Brasília), começará a caminhada de pouco mais de um quilômetro até à Praça Lafayette (em frente à Casa Branca), onde protestarão até às 19h30 (20h30 em Brasília), conforme a página da organização “Unite the Right”.

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Antes disso, dezenas de organizações que defendem a igualdade se reunirão em uma praça perto da residência presidencial às 12h (13h em Brasília) e irão até o mesmo parque marcado para ser o ponto final da manifestação dos supremacistas. De acordo os organizadores, eles tentarão manter uma distância de “lugar e tempo” dos extremistas.

O chefe de Polícia de Washington, Peter Newsham, disse na semana passada que os dois grupos permanecerão separados para evitar que situações de confronto se repitam. Os protestos em Charlottesville, que se transformaram em um símbolo da tensão racial nos Estados Unidos, ocorreram há um ano, quando supremacistas brancos marcharam pela cidade em protesto contra a retirada de uma estátua de Robert E. Lee, general escravista.

No meio da manifestação, repleta de símbolos neonazistas, um carro atropelou várias pessoas que faziam um protesto pró-tolerância e Heather Heyer morreu. Outras 19 pessoas ficaram feridas. Depois, dois polícias morreram em um acidente de helicóptero que aconteceu quando as forças de segurança tentavam conter o tumulto.

Na ocasião, o presidente, Donald Trump, gerou uma grande polêmica quando disse que a responsabilidade da violência era tanto dos grupos neonazistas quanto dos manifestantes contrários e garantiu que existia gente “muito boa” entre os supremacistas. Ontem, ele usou o Twitter para condenar “todo tipo de racismo” e para pedir que a população se una “como nação”.

Na semana passada o governador da Virgínia, Ralph Northam, declarou o estado de emergência para poder ter os recursos necessários para enfrentar eventuais distúrbios durante os protestos que acontecem desde sexta-feira na região.

 Fonte: Agência Brasil

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