Cai proposta que tinha como objetivo criar Conselho dos Direitos Humanos LGBT

Vereadora Tatiana Lemos (PC do B) diz que não aprovação do projeto é um retrocesso

Postado em: 12-07-2017 às 17h00
Por: Lucas de Godoi
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Vereadora Tatiana Lemos (PC do B) diz que não aprovação do projeto é um retrocesso

O plenário da Câmara rejeitou na sessão desta quarta-feira (12),
por 16 votos contrários e cinco favoráveis e uma abstenção, o projeto de lei da
vereadora Tatiana Lemos (PC do B), que estava em segunda votação, pela criação
do Conselho Municipal dos Direitos Humanos de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais (LGBT). O plenário já havia rejeitado o pedido de vista
ao projeto.

Com a derrubada da proposta, e aplausos de pessoas que
acompanhavam o resultado, Tatiana Lemos disse que se sentia triste com a
postura da casa. “Trata-se apenas de um conselho consultivo, para que as
pessoas possam se reunir e pensar políticas públicas contra a homofobia. É
lamentável que haja uma luta para que as pessoas sejam impedidas de pensar. A
não aprovação do projeto é um retrocesso e me sinto envergonhada com
isso”, desabafou.

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“Sou totalmente favorável a esse projeto. É uma
proposta que fortalece as ações destinadas a assegurar o respeito básico de
grupos sociais profundamente discriminados. Também lamento a derrubada do
projeto, pois entendo que cabe ao vereador legislar e atuar na defesa dos
direitos de todos, sem distinção”, completou a vereadora Cristina Lopes (PSDB).

Favoráveis

Paulo Magalhães (PSD), que votou contra o projeto,
justificou que seu posicionamento se deve à condição de “respeito à
família, à religião. Não tenho nada pessoal contra o LGBT, mas acho que esse
projeto é um retrocesso. Ademais, essa gente já têm direitos assegurados em
nossa Constituição”.

O vereador Sargento Novandir (PTN) afirmou votou contra o
projeto “por ser evangélico. Ficou difícil votar a favor dessa classe de
gente”.

Já o vereador GCM Romário Policarpo (PTC) explicou o voto
contrário dizendo que “sou negro. Sofro preconceito o tempo todo, de todo
tipo. Acho que o projeto deveria ter sido mais amplo. Ou seja, observando essa
questão do preconceito contra o negro”.

Com informações da
Câmara de Goiânia 

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