Bolsonaro culpa fatores externos na desvalorização da moeda ao rebater Trump

Presidente norte-americano Donald Trump havia comentado que o Brasil estaria forçando a queda do real frente ao dólar – Foto: Reprodução.

Postado em: 02-12-2019 às 18h20
Por: Nielton Soares
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Presidente norte-americano Donald Trump havia comentado que o Brasil estaria forçando a queda do real frente ao dólar – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira (2), que não ver como retaliação ao Brasil a recente decisão do governo dos Estados Unidos de aumentar as tarifas para importação de aço e alumínio brasileiros, que foi anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, acusando ainda que Brasil e Argentina estariam forçando uma desvalorização das moedas e prejudicando os agricultores daquele país.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, durante a manhã, Bolsonaro rebateu a cogitação do líder norte-americano e comentou que a desvalorização das moedas locais é causada por fatores externos. “O mundo está conectado. A própria briga comercial entre Estados Unidos e China influencia o dólar aqui, assim como coisas que acontecem no Chile, nas eleições na Argentina e no Uruguai”, afirmou o presidente, acrescente a possibilidade em ligar para Trump, para intervir no caso. 

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Trump fez a acusação aos dois países sulamericanos via Twitter e como represália a retomada da cobrança das tarifas sobre o aço e alumínio. “Brasil e Argentina têm presidido uma desvalorização maciça de suas moedas, o que não é bom para os agricultores norte-americanos. Portanto, com efeito imediato, restaurarei as tarifas de todos os aços e alumínio enviados para os EUA a partir desses países”, escreveu.

Reformas

Acerca das reformas, Bolsonaro reiterou que as reformas política e tributária terão formato final decidido no Congresso Nacional, e não pelo Executivo. “O povo pede muito uma reforma política. Não tenho poder para isso. Ela vai de acordo com o entendimento dos parlamentares”, contou.  Além disso, o presidente relatou a limitação em cumprir a promessa de campanha de aumentar para R$ 5 mil a faixa de isenção para o Imposto de Renda para Pessoa Física. 

Juros

Antes, ao participar do evento da Caixa Econômica Federal que apresentou as ações em benefício das pessoas com deficiência, Bolsonaro defendeu a atuação da instituição em baixar os juros, que tem influenciado os bancos privados a fazer o mesmo, acredita ele. 

 

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