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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Federal

MP pede cassação do deputado eleito Professor Alcides

Então candidato utilizou-se de suas, em pleno ano eleitoral, para se promover pessoalmente

Lucas Cássion de Moraespor Lucas Cássion de Moraes em 20 de dezembro de 2018
MP pede cassação do deputado eleito Professor Alcides
Então candidato utilizou-se de suas

(Foto: Reprodução)

O Ministério Público Eleitoral (MP Eleitoral) ajuizou, nesta quinta-feira (20), Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), perante o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE), em desfavor de Alcides Ribeiro Filho, mais conhecido como Professor Alcides, candidato eleito a deputado federal pelo PP. O objetivo é a cassação do seu registro e/ou diploma em razão da prática de abuso de poder econômico e de captação e gasto ilícito de recursos.

Segundo a AIJE proposta pelo procurador regional Eleitoral, Alexandre Moreira Tavares dos Santos, o então candidato utilizou-se de suas empresas Faculdade Alfredo Nasser (Unifan) e “Bazar Professor Alcides”, em pleno ano eleitoral, para se promover pessoalmente perante o eleitorado. Tudo era feito em eventos assistencialistas promovidos por essas empresas em diversos municípios goianos, ocasiões em que eram distribuídos bens e serviços gratuitos aos eleitores, como cortes de cabelo, assistência jurídica, exames diversos, além de doação de bens e atividades para as crianças. Durante esses eventos, eram destacadas as conquistas pessoais e feita a exaltação da pessoa do candidato aos eleitores. 

“É preciso contextualizar que este tipo de conduta, em pleno período de pré-campanha, desequilibra sobremaneira a igualdade na disputa, dando força para o uso do poder econômico na fase de pré-campanha, cujos recursos financeiros empregados sequer podem ser fiscalizados”, esclarece Alexandre Moreira.

Segundo o MP Eleitoral, no caso, ficou apurado que pessoas jurídicas bancaram diversos eventos assistencialistas de distribuição de bens e serviços à população, com evidente finalidade eleitoreira de promover a pessoa física de seu controlador em período próximo às eleições, o que configura abuso de poder econômico.

Verificou-se, ainda, no seu processo de prestação de contas, que o candidato não tratou com a devida transparência e lisura a arrecadação e os gastos eleitorais. Foram constatadas irregularidades graves, notadamente: a apresentação incompleta de extratos bancários e de documentos aptos a demonstrar a regularidade do uso dos recursos públicos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha; a omissão de despesas evidenciando prática de “Caixa 2” e a extrapolação vultosa do teto legal de gasto permitido.

Na ação, o MP Eleitoral pede a cassação do registro e/ou diploma do Professor Alcides e a declaração de sua inelegibilidade pelo prazo de oito anos, em razão da prática de abuso de poder econômico.

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