Eduardo Marques

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) propôs uma ação civil pública contra o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) por suposto contrato fantasma. Na ação, a promotora de Justiça Carmem Lúcia Santana de Freitas aponta que Perillo indicou Aluízio Rodrigues, contratado para exercer o cargo de secretário-executivo do Conselho de Gestão da Agência Goiana de Defesa Agropecuária. Aluízio, no entanto, segundo as investigações, nunca exerceu a função. A Justiça pediu liminarmente a indisponibilidade de bens dos envolvidos em até R$ 198 mil como forma de garantir o ressarcimento do dano e multa civil. 

Segundo o MP-GO, o servidor fantasma recebeu mensalmente do órgão público um valor total de R$ 54.666,67, entre os meses de junho e outubro de 2016. Conforme parecer da Coordenação de Apoio Técnico-Pericial do MP-GO, o valor do dano ao erário atualizado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) foi de R$ 66.134,89.

Na ação, consta que Aluízio não comparecia na Agrodefesa para cumprir sua jornada de trabalho, no entanto participou ativamente de campanha política em Rio Verde para aliados políticos do então governador. O tucano  nomeou o servidor em cargo sem atividade e lotação, mas com remuneração garantida. No mérito, o MP requereu a condenação de Marconi Perillo e Aluízio Rodrigues nas penalidades da Lei de Improbidade Administrativa.

A equipe de reportagem do jornal O Hoje entrou em contato com o advogado João Paulo Brzezinsky do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), mas as ligações não foram atendidas.