Ex-aliados de Bolsonaro assinam pedido de Super Impeachment
Nesta quarta feira (30/06) foi protocolado um “super pedido” de impeachment contra o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido). Um dos fatos que chamam a atenção sobre esse documento, é que das 46 assinaturas de lideranças nele, há três nomes de ex-aliados do executivo, que racharam com o governo argumentando a falta de capacidade […]
Nesta quarta feira (30/06) foi protocolado um “super pedido” de impeachment contra o presidente da república, Jair Bolsonaro (sem partido). Um dos fatos que chamam a atenção sobre esse documento, é que das 46 assinaturas de lideranças nele, há três nomes de ex-aliados do executivo, que racharam com o governo argumentando a falta de capacidade dos mesmo.
Um deles é o deputado Federa, Kim Kataguiri (DEM-SP), que faz parte do Movimento Brasil Livre, que se destacou nos protestos contra o então governo Dilma, em 2013. Kim foi aliado de Bolsonaro durante a campanha presidencial, e no começo do governo, porém, o parlamentar rompeu relações políticas com o presidente, o acusando de falta de competência e descumprir com a prometida agenda liberal.
Outro parlamentar que fez campanha para Jair, começou o governo como base e também pulou fora do barco, e também assinou o “super Impeachment” foi o deputado federal, Alexandre Frota (PSDB-SP). O ex-ator foi um entusiasta na campanha, mas acusa o presidente de traição e de não ter competência para gerir o cargo, ele foi eleito pelo mesmo partido que Bolsonaro fazia parte, o PSL, mas quando rompeu, foi expulso da sigla, não perdeu o mandato e entrou para o PSDB.
Desta vez a ex-aliada que citaremos foi uma presença fiel que inclusive ajudou na articulação para Bolsonaro ser candidato pela legenda do PSL, a deputada Federal, Joice Hasselmann (PSL-SP). A parlamentar foi fiel até onde conseguiu com o executivo, porém, também se sentiu traída e o rompimento deles acabou gerando também a saída de Bolsonaro do PSL, hoje o presidente está sem partido, chegou a tentar criar um partido novo, mas não obteve sucesso.
Conteúdo do pedido de impeachment
O texto foi elaborado por um grupo de juristas e atribui a Bolsonaro 23 crimes de responsabilidade divididos em sete categorias:
Crimes contra a existência da União;
Crimes contra o livre exercício dos poderes legislativo e judiciário e dos poderes constitucionais dos Estados;
Crimes contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
Crimes contra a segurança interna;
Crimes contra a probidade na administração;
Crimes contra a guarda e legal emprego dos dinheiros públicos;
Crimes contra o cumprimento de decisões judiciárias.
Para que um processo de impeachment seja aberto e passe a tramitar na Câmara, o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), aliado do governo, precisa aceitá-lo.