Doria quer quebrar polarização entre Lula e Bolsonaro em 2022
Governador de São Paulo visitou Goiânia e Campo Grande (MS) no último sábado
O governador de São Paulo, João Doria, iniciou neste final de semana, visitas pelo país visando busca de apoio para as prévias do partido para definição de candidato a presidente da República em 2022. Doria pretende ainda na pré-campanha começar ações visando a quebra ainda para tentar uma quebra de polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT). Doria classificou os dois possíveis adversários como opções do “Horror” e “Terror”.
Doria defendeu que sejam tratados temas como Saúde e Emprego, devido às fragilidades das duas áreas neste momento de pandemia. O governador de São Paulo citou que as prévias já ajudam a colaborar para a quebra de polarização entre Jair Bolsonaro e Lula. Ele argumentou que 45% dos brasileiros não querem nem a Esquerda, nem a Direita. Ela classificou Lula e Bolsonaro como opções do Horror e Terror. Ele classificou que o PSDB não será a terceira via, mas a “melhor via”. As prévias do partido estão marcadas para novembro.
“A polarização é circunstancial neste momento, nós vamos trabalhar para romper essa polarização e por isso as prévias do PSDB são contributivas neste sentido, ela fortalece, pois os candidatos circulam pelo país e fortaleçam o PSDB. O PSDB será a melhor via e não a terceira via. Será a melhor via. Pessoalmente, dados as pesquisas feitas recentemente, cerca de 45% dos brasileiros não querem Lula, nem Bolsonaro. Eles não oferecem uma opção democrática, sincera, valorizadora da vida, da vacina, do desenvolvimento econômico, da proteção ambiental, do respeito aos Direitos Humanos, do respeito aos jornalistas e ao jornalismo livre e a multipolaridade de um país que se distanciou de outras nações. Não será nem Lula, nem Bolsonaro, não será nem horror, nem terror. Será a opção do amor, do amor pela vida, pelas pessoas”, destacou.
Doria esteve em Campo Grande (MS) e seguiu para Goiânia. Ele participou de encontros com lideranças tucanas. Em Goiânia, participaram deputados estaduais, vereadores e prefeitos, além dos ex-governadores Marconi Perillo e José Eliton. Doria foi cobrado durante o evento para que secretários dele não apoiem o governador Ronaldo Caiado (DEM), caso de Alexandre Baldy (Progressistas) e Henrique Meirelles (PSD). João Doria argumentou que é um “filho das prévias” e que é “leal as pessoas”. Doria disse que o PSDB acerta ao promover prévias e disse que os outros nomes que estão na disputa com ele são qualificados. Para o governador de São Paulo, as prévias unem. “Prévias não dividem, não fracionam, engrandecem, unem e promovem democracia. O PSDB tomou a decisão acertada de fazer prévias para presidência da República. Está fazendo num movimento importante e com quatro excepcionais candidatos”, afirmou. Ele completou destacando que nenhum candidato tucano atacará outro nome do partido.
O ex-governador Marconi Perillo relatou que tem uma relação antiga com João Doria e que merecia uma recepção à altura, devido à importância dele para o PSDB. Marconi disse ainda que Doria o acolheu em São Paulo no momento que mais precisava e que caso os outros pré-candidatos pelo partido queiram vir à Goiás serão recebidos pelas lideranças. “Eu tenho uma relação histórica, antiga, com o governador Doria, são mais de 20 anos de amizade e é claro que ele não poderia vir sem uma recepção à altura, pela importância que ele tem para o partido e para o Brasil. Nossos deputados, nossa vereadora, nossos prefeitos se mobiliaram para que ele pudesse ter a recepção à altura. Ele merece nossa atenção. Claro que os outros que quiserem vir ao estado também serão muito bem recebidos. Eu particularmente recebo o governador João Doria como amigo, e uma pessoa que tenho uma convivência excelente e que me acolheu como amigo, como companheiro quando eu mais precisei. Não poderia ser diferente”, disse Marconi. O ex-governador José Eliton relatou à reportagem que o partido em Goiás vai receber os outros pré-candidatos à presidente pelo PSDB.
Arrependimento
João Doria ainda destacou que o PSDB já governou o Brasil com administrações de Fernando Henrique Cardoso que deram estabilidade para o país. O governador criticou a área da Educação do governo do presidente Jair Bolsonaro. Doria declarou estar arrependido por ter votado em Bolsonaro. Ele disse que o governo já mostrou ineficiência antes mesmo da pandemia da Covid-19. O governador destacou que errou, mas que não errará duas vezes.
“Sim. Me arrependo, assim como 25 milhões de brasileiros que votaram em Jair Bolsonaro também se arrependem deste voto. Assim como eu, Sérgio Moro se arrepende deste voto, assim como eu, Luiz Henrique Mandetta também se arrepende deste voto. Nós acreditaríamos que fosse uma candidatura anti-PT que respeitaria os valores democráticos que protegesse as pessoas e compreendesse a dimensão da transformação do Brasil. Não foi o que aconteceu e não precisou de muito tempo para isso. Mesmo antes da pandemia, o governo Bolsonaro se mostrou a ser um governo equivocado, incompetente, desleixado, despreparado, distante da população, que tem projeto pessoal e familiar, errei, admito meu erro, não erro duas vezes”, relatou.