Ação em que Serra era réu por lavagem de dinheiro em conta na Suíça é suspensa
Segundo acusações, contas tinham filha do senador como beneficiária e foram abastecidas com dinheiro de suposta propina da Odebrecht
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, suspendeu uma ação penal na qual o senador licenciado José Serra (PSDB-SP) era réu sob acusação de lavagem de dinheiro em contas na Suíça e mandou anular as provas obtidas as quebras de sigilo contra o tucano. A ação foi apresentada em julho do ano passado pela força-tarefa da Lava Jato de São Paulo.
A filha de Serra, Verônica Serra, também era alvo da ação. Segundo acusações, ela era a beneficiária das contas na Suíça que foram abastecidas com dinheiro de suposta propina da Odebrecht.
O ministro do STF determinou o trancamento da ação, que ocorria na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo. Argumentou que a ação contra Serra deveria tramitar na Justiça Eleitoral, por envolver supostos pagamentos de propina relacionados à obra do Rodoanel com base na delação premiada da Odebrecht.
De acordo com Gilmar Mendes, uma decisão anterior do STF já havia enviado para a Justiça Eleitoral as investigações do caso do Rodoanel, por isso o caso deveria ser tramitado naquele juízo. A denúncia contra o senador abordava apenas o crime de lavagem de dinheiro por meio de pagamentos da Odebrecht em conta no exterior, sem classificar o crime de corrupção.