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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Defesa

Bolsonaro rebate pressão de apoiadores após nota que tenta aliviar crise institucional

Para o presidente, alguns dos apoiadores querem que ele ‘degole todo mundo’.

Postado em 10 de setembro de 2021 por admin
Bolsonaro rebate pressão de apoiadores após nota que tenta aliviar crise institucional
Para o presidente

O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) afirmou nesta sexta-feira (10/09) que não recuou de nada e que jamais cometeu um erro. A declaração ocorreu após uma nota divulgada pelo Planalto onde Bolsonaro tentou esfriar os ataques ao STF, o que causou cobrança de apoiadores.

O presidente disse, ainda, que há cobranças para reações imediatas, “que vá lá e degole todo mundo”, e defendeu mudanças graduais no país.

Na última quinta-feira (09), Bolsonaro tentou aliviar o discurso golpista o que causou agravamento no questionamento por parte de seus apoiadores. Antes, o presidente já sofria pressão por ter pedido a desmobilização de manifestações de caminhoneiros que bloquearam estradas pelo país.

“Alguns querem que vá lá e degole todo mundo. Hoje em dia não existe país isolado, todo mundo está integrado ao mundo”, disse o presidente a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.

A nota afirma que o presidente não teve “nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes” e atribui palavras “contudentes” ao “calor do momento”. Ela foi divulgada dois dias após Bolsonaro fazer ameaças golpistas em discursos no 7 de setembro. O ex-presidente Michel Temer (MDB) participou da elaboração da nota.

Questionado se o “acordo” para aliviar os ataques inclui a soltura do deputado preso Daniel Silveira (PSL-RJ), Bolsonaro disse que não pode entrar em detalhes sobre as conversas que levaram à elaboração da nota. “Tem coisas que não posso falar com você. Tem certas coisas que você confia ou não confia”, disse. “Posso um dia errar. Até o momento não errei”, completou.

O presidente também declarou que os caminhoneiros devem manter manifestações até domingo (12). “As consequências de uma paralisação são gravíssimas para todo mundo. Você quando quer, por exemplo, matar berne e mata a vaca. Até domingo, se o pessoal ficar parado, vai sentir, vai ter reflexo, mas se passar disso complica a economia do Brasil”, afirmou Bolsonaro.

“Ninguém está recuando. Não pode ir pro tudo ou nada. Arrumar o Brasil devagar. Vai arrumando”, completou.

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