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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Susto

Veja os transtornos do apagão das redes sociais para os empreendedores

O apagão momentâneo das três maiores redes sociais mundiais pegou empresários e empreendedores de surpresa, provocando prejuízos nas vendas

Postado em 5 de outubro de 2021 por Raphael Bezerra
Veja os transtornos do apagão das redes sociais para os empreendedores
O apagão momentâneo das três maiores redes sociais mundiais pegou empresários e empreendedores de surpresa

Pequenos empresários que não têm loja física e dependem exclusivamente das redes sociais para divulgar e vender seus produtos relataram pânico com o apagão do Instagram, Facebook e Whatsapp que teve início na tarde desta segunda-feira (4). Muitos empresários tiveram que migrar os serviços de atendimento e vendas para o formato virtual com o início da pandemia e as medidas de restrição da Covid-19.

A empreendedora Giovana Barros aponta que o contato direto com os clientes é feito quase que exclusivamente pelas redes sociais. “95% do contato com o cliente acontece pelo online. Com a queda do Instagram e Whatsapp, ficou impossível esse contato”, relata. 

Ela conta que além da captação dos clientes, as redes sociais também são utilizadas para “repescar” os clientes antigos com promoções e postagens de novas peças em sua loja de moda íntima. “Aqui na ‘Zerra Intimates’ nossa finalização das compras são feitas pelo Whatsapp, onde a gente pode tirar dúvidas, pegar as medidas e outras informações. Na hora que caiu, a gente estava fechando vendas e não tinha como liberar o entregador. Foi um dia inteiro parado e voltado para a produção”, explica.

Lara Jordana Brandão Oliveira, de 24 anos, contou com a sorte. O apagão das redes aconteceu no dia em que ela e o marido, Rober Luz Moreira, de 29 anos, tiram folga da loja de bolos. “As encomendas seguiram, temos o Telegram que conseguimos falar com alguns clientes e o Tik Tok, mas fazemos as vendas, majoritariamente, pelas redes sociais. Foi um pânico”, revela.

O diretor superintendente do Sebrae, Antônio Carlos de Souza Lima Neto, diz que esses são os riscos que os empreendedores assumem ao montar o próprio negócio, mas que a situação vivida na tarde desta segunda-feira acendeu um alerta que deve ser levado em conta nos próximos dias. Ele pontua que com a pandemia, muitas empresas tiveram que se reinventar e migrar boa parte do seu contato com os clientes para as plataformas virtuais. “A partir desse momento que a gente migra, a gente fica sujeito a essas circunstâncias, mas com constatações reais de danos e prejuízos das empresas que acabaram direcionando seu fluxo de atendimento para esses métodos”, alerta.

Apagão

Os problemas começaram por volta das 13h e impediram completamente o funcionamento dos três aplicativos: as informações não puderam ser atualizadas, enviadas ou recebidas. O Downdetector, uma página que registra comentários de usuários quando uma plataforma de internet falha, coletou dezenas de milhares de reclamações de pelo menos 45 países desde a queda.

Quanto ao WhatsApp, 43% dos usuários reclamaram de problemas de conexão; 29%, de problemas para enviar ou receber mensagens e 28%, de problemas com todo o aplicativo. No caso do Instagram, 36% dos usuários não encontraram nada funcionando, 33% reclamaram de problemas de servidor e 31% de dificuldade para carregar conteúdo.

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