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sábado, 23 de novembro de 2024
Grau de confiança

Desconfiança nas Forças Armadas aumenta e partidos diminuem rejeição em quatro anos

Um dos destaques é a diferença na avaliação de homens e mulheres. Enquanto o percentual dos que não confiam nos militares entre eles é de 25%, o índice chega a 34% entre as mulheres

Postado em 4 de julho de 2022 por Rodrigo Melo

A confiança da população brasileira nas Forças Armadas recuou desde que Bolsonaro assumiu a Presidência da República. Presentes em cargos de alto e baixo escalões do governo do presidente Jair Bolsonaro, os dados apontam que o percentual da população dizendo não confiar nas Forças Armadas atingindo 29%. Há quatro anos o percentual era 21%, o que representa alta oito pontos percentuais nos anos Bolsonaro.

Apesar da baixa na confiança na instituição, o saldo ainda permaneça positivo: 70% dos brasileiros demonstram algum grau de confiança nos militares.

A tendência, já observada em outros levantamentos recentes, é registrada pela pesquisa de opinião pública anual “A cara da democracia”. Desde 2021, esse grupo ultrapassa numericamente o índice daqueles que declaram confiar muito na instituição, que passou de 34%, em 2018, para 25% este ano.

Leia também: Após compra de 35 mil unidades de Viagra para as Forças Armadas; TCU abre processo de apuração

Partidos políticos

As instituições que costumam ser pior avaliadas pela população registraram recuperação. A confiança nos partidos políticos, por exemplo, subiu no mesmo período. Se, em 2018, 77% declaravam não confiar nas siglas, hoje o índice engloba 53% dos entrevistados.

Mudança em menor grau foi observada também na avaliação do Congresso: o percentual dos que não confiam no parlamento passou de 54%, em 2021, para 46% este ano.

Os recortes por segmentos sociais revelam que a desconfiança com as Forças Armadas é maior nos grupos em que Jair Bolsonaro tradicionalmente é pior avaliado.

Um dos destaques é a diferença na avaliação de homens e mulheres. Enquanto o percentual dos que não confiam nos militares entre eles é de 25%, o índice chega a 34% entre as mulheres, segmento que rejeita mais o governo Bolsonaro e já se transformou em um dos focos de sua campanha à reeleição, com inserções de propaganda especialmente voltadas para o público feminino.

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