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domingo, 17 de novembro de 2024
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Representatividade

Mulheres discutem estratégias para as candidaturas femininas

Presidente do MDB Mulher e coordenadora do Fórum de Partidos Políticos, Cleuza Assunção afirmou que os partidos, em geral, têm promovido seminários e outras atividades preparatórias

Postado em 9 de julho de 2022 por Thauany Melo

A lei de cota para mulheres e de fundo eleitoral destinado para suas campanhas, apesar de fundamentais, não garantem igualdade na disputa política. Para tentar alavancar essas candidaturas e levar mulheres a, de fato, ocuparem as cadeiras de poder, os núcleos femininos dos partidos traçam estratégias de preparação e divulgação.

Além da falta de espaço gerada pelos obstáculos impostos às mulheres, muitos partidos ainda cometem fraude à cota de gênero. Chamada de “candidaturas laranjas”, o artifício é usado para contornar as leis relativas à participação feminina na política, tanto para desviar a transferência de fundos para campanhas de outros candidatos quanto para preencher a cota mínima de 30% de candidaturas de mulheres. Atualmente, as mulheres ocupam apenas 15% das cadeiras na Câmara dos Deputados; no Senado, são 13%. Nas assembleias estaduais, há apenas 161 deputadas, uma média também de 15% do total de cadeiras. 

Presidente do MDB Mulher e coordenadora do Fórum de Partidos Políticos, Cleuza Assunção afirmou que os partidos, em geral, têm promovido seminários e outras atividades preparatórias. “Temos metas e estratégias para eleger uma deputada federal e duas estaduais [pelo MDB]. Estamos trabalhando com a equipe. Contratamos uma estrategista política na área de marketing político, uma jornalista para nossas candidatas e uma fotógrafa para acompanha-las”, disse.

Já Maria Rosimeire, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), não apontou estratégias traçadas pelo partido e alegou que não houve dificuldade, tendo uma adesão orgânica de mulheres. Do Partido dos Trabalhadores (PT), Kátia Maria ponderou que todas as legendas enfrentam problemas em razão do contexto masculino em que se encontra a política. “Todo partido, como na política, é um espaço muito masculino. Então todos os partidos, inclusive o PT, têm os desafios para que mulheres possam ocupar esses espaços e concorrer em condições de igualdade”, afirmou. “Mas acredito que dentro do PT nós estamos um passo adiante nessa construção”, completou.

Kátia Maria explicou que seu partido tem uma série de estratégias e políticas para garantir a participação feminina, como a paridade nas gestões. “No PT a gente tem uma política permanente de fortalecimento e de empoderamento das mulheres. Então a gente faz um trabalho permanentemente para que, não apenas nas eleições, mas durante todo o processo do partido as mulheres sejam peças estratégicas na condução. Tanto que o PT é o único partido no Brasil que as direções são paritárias. Então 50% das direções são de mulheres e 50% de homens”, disse. 

“Nós temos um programa chamado Elas por Elas, que é um programa permanente de capacitação e fortalecimento das mulheres. Dentro desse programa foram feitas várias atividades para que as mulheres pudessem se preparar para ocupar os espaços da sociedade, seja nas associações, conselhos, processo eleitoral etc. Nós tivemos mais do que 30% de inscrições para as candidaturas de deputados federais e de deputados estaduais”, explicou. (Especial para O Hoje)

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