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sábado, 23 de novembro de 2024
Mulheres no Poder

Evento deve reunir 150 lideranças femininas em Formosa para discutir representatividade na política

O encontro deverá discutir meios para promover a maior participação das mulheres na política, que ainda avança timidamente no Brasil.

Postado em 11 de julho de 2022 por Ícaro Gonçalves

Cerca de 150 lideranças femininas são esperadas no Encontro Regional PP Mulher, evento que será promovido pelo Partido Progressistas (PP) nesta terça-feira (12/7) na cidade de Formosa. O encontro deverá discutir meios para promover a maior participação das mulheres na política, que ainda avança timidamente no Brasil.

A baixa representatividade feminina é visível, por exemplo, na Câmara dos Deputados. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de 2021 apontam que desde 1933, quando as mulheres conquistaram o direito de serem eleitas, elas ocuparam somente 266 cadeiras na Câmara, enquanto homens já somam cerca de 7.333 deputados, incluindo suplentes.

Participará do encontro o pré-candidato ao Senado Alexandre Baldy, presidente da sigla, e a secretária de Desenvolvimento Social e primeira-dama de Formosa, Caroline Marques, que será a anfitriã do encontro. “Precisamos fomentar a participação das mulheres no cenário político. As vezes não temos noção do tamanho da nossa capacidade de fazer a diferença na vida das pessoas. E na política podemos fazer muito por elas”, defende Marques.

Em outra edição do evento, promovido no mês de abril em Anápolis, o encontro contou com a participação de mais de 200 mulheres entre lideranças políticas, prefeitas, vice-prefeitas e pré-candidatas a deputadas estadual e federal. A sigla pretende levar a agenda de encontros com lideranças femininas por regiões estratégicas do Estado.

Fraudes à lei de cotas

Como já mostrado pelo O Hoje, a lei de cotas e a destinação de parte do fundo eleitoral para candidaturas femininas foram avanços importantes na legislação eleitoral, mas por si só não garantem maior representatividade na política. Para tentar alavancar essas candidaturas e levar mulheres a, de fato, ocuparem as cadeiras de poder, os núcleos femininos dos partidos traçam estratégias de preparação e divulgação.

Além da falta de espaço em partidos ainda resistentes às candidaturas femininas, algumas siglas ainda cometem fraude à cota de gênero. Chamada de “candidaturas laranjas”, o artifício é usado para contornar as leis relativas à participação feminina na política, tanto para desviar a transferência de fundos para campanhas de outros candidatos quanto para preencher a cota mínima de 30% de candidaturas de mulheres.

Em Goiás, outros partidos como o MDB, o PSDB e o PT têm criado estratégias, como a promoção de seminários e outras atividades preparatórias para atrair a participação feminina.

Leia também: Mulheres discutem estratégias para as candidaturas femininas

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