Oficialização da candidatura de Wolmir Amado, depende de alianças do PT
Convenção do partido deve ocorrer entre os dias 3 e 5 de agosto
Oficializado como pré-candidato ao Governo de Goiás pelo PT, o ex-reitor da PUC Goiás, professor Wolmir Amado, pode não ser de fato candidato ao cargo. De acordo com um membro da coordenação de campanha do partido, a definição depende das alianças que deverão ser formadas nos próximos dias.
Isto porque, conforme a fonte consultada, a centralidade deste pleito, para o PT, é eleger o ex-presidente e pré-candidato ao Executivo nacional, Luiz Inácio Lula da Silva. “Toda e qualquer aliança nos estados tem isso como norte. Sendo assim, esta semana estão acontecendo algumas conversas a nível nacional, do PT com outros partidos que querem formar uma frente ampla, para bater o martelo sobre qual é a melhor estratégia para Goiás e, claro, para a eleição de Lula”, disse.
De todo modo, Wolmir Amado fará parte da composição da chapa majoritária nas eleições de outubro. “Ele é o pré-candidato do PT, a gente só vai rever caso haja alguma nova aliança”, disse, com a afirmativa de que a convenção do partido acontecerá na próxima semana, entre os dias 3 e 5 de agosto. “Agora uma coisa eu te garanto: Wolmir estará na chapa majoritária, defendendo o projeto de Lula em Goiás”, salientou o membro da coordenação de campanha do partido em Goiás, à reportagem do jornal O Hoje.
Estratégia
Atualmente, o PSDB goiano é a principal possibilidade de apoio ao PT nacional. Os diálogos para definição de aliança acontecem, segundo membros dos partidos, durante a presente semana, com diversas legendas. O intuito, de acordo com a assessoria de Wolmir Amado, é formar uma frente ampla contra o governo Caiado e o Bolsonarismo.
“A prioridade do Partido dos Trabalhadores, nesta eleição, é a vitória de Lula e a retomada da democracia plena no Brasil, com inclusão social, geração de emprego e, principalmente, o combate à fome que atinge 33 milhões de brasileiros, entre eles quase meio milhão de cidadãos de Goiás. O nome de Wolmir Amado, aclamado e apresentado pelo Partido dos Trabalhadores à sociedade, coloca-se à disposição para o que for melhor para Goiás e para o Brasil, em vista do bem-comum, da cidadania e da inclusão social”, pontuou a assessoria do pré-candidato, em nota enviada ao jornal O Hoje.
A narrativa ressalta, ainda, que o ex-reitor “estabeleceu diálogo com diversos partidos e, atualmente, com a prévia orientação nacional do PT pela expansão da eleição de Lula em Goiás, intensificou o diálogo com o PSDB, para uma possível aliança”, cuja condição é, conforme a nota, “a construção conjunta de um plano de governo que tenha a ênfase à inclusão social, que é ‘para ninguém ficar de fora’, e o apoio à candidatura de Lula”.
Em entrevista concedida à imprensa local, o pré-candidato ao governo estadual pelo PSDB, Marconi Perillo, afirmou existirem, entretanto, barreiras com relação à aliança pelo fato de as siglas manterem, especialmente a nível nacional, um histórico de rivalidade.
“O PT é um adversário histórico do PSDB no Brasil. Todo mundo sabe disso. E aqui em Goiás, por exemplo, algumas pessoas que estão comigo dizem para eu fazer a aliança que quiser, outros já dizem para não fazer em hipótese alguma. Tanto de um lado, quanto do outro há uma polarização muito grande”, ponderou o tucano.
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Perillo salientou, porém, a necessidade de acordos partidários com pessoas que pensam de forma parecida. “Hoje ninguém faz nada sozinho. Todo mundo depende de partidos e dos fundos partidários”, frisou, com a ressalva de estabelecer, ainda, uma relação respeitosa com Amado.