A segunda rodada da pesquisa Serpes mostrou as intenções de voto dos goianos para os candidatos ao senado. Os dados foram coletados entre os dias treze e dezessete de agosto deste ano. Foram entrevistados 801 eleitores do estado. A margem de erro da pesquisa ficou em 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos nos dados da amostra global. 

A pesquisa, que foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), mostrou que dois nomes ganharam destaque nessa disputa, na modalidade de respostas estimuladas com cartela. Marconi Perillo (PSDB), ex governador de Goiás, apareceu em primeiro lugar, com 24,7% das intenções de voto ao senado. Em contrapartida, figurou também na liderança como candidato mais rejeitado, com 23,7%. 

Já o segundo melhor colocado foi o deputado federal Delegado Waldir (União Brasil), com 15,4% das intenções de voto, sendo, também, o segundo colocado como candidato que não receberia o voto dos goianos, com 11,2%. 

Na sequência das intenções de voto da população goiana, apareceram em ordem decrescente:  João Campos (Republicanos) com 6%; Wilder Morais (PL) 4,7%;  Vilmar Rocha (PSD) 3,6%; Alexandre Baldy (PP) 2,5%; Denise Carvalho (PcdoB) 2,4%; Leonardo Rizzo (Novo) 2%; Antônio Carlos da Paixo (PCO) 1,4%; Manu Jacob (PSOL) 1,1%. 

Dos eleitores entrevistados, 9,6% responderam que anulariam o voto ou que não votariam em nenhum dos candidatos acima citados. O que também chamou a atenção foi o eleitorado que ainda não decidiu em quem votar, somando 26,6% das respostas, número maior que os eleitores que disseram que votariam no primeiro colocado. 

Para o cientista político e sócio-proprietário do Instituo Signates de Consultoria e Pesquisa Política e Empresarial, Luiz Signates, a indecisão dos eleitores foi um resultado normal para o atual cenário. “A maioria dos eleitores só decide voto nos últimos dias ou horas. Isso é mais frequente ainda para os cargos parlamentares, cuja visibilidade para o eleitor é significativamente menor”, explicou.

Candidatos

Questionado sobre os números, Delegado Waldir, que é da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), destacou a felicidade em estar ocupando o  segundo lugar nas pesquisas. “Estou muito feliz e confiante pelo eleitor goiano ter me colocado em segundo lugar nas pesquisas. Agora está polarizada a disputa entre dois candidatos, A e B”, pontuou. Ele lembrou que em 2018 o candidato que liderava as intenções de voto, não venceu. “Em 2018 o candidato que lidera as pesquisas de agora, era líder. Mas na eleição acabou em sexto colocado”, destacou. Waldir afirmou que nos próximos dias virão outras pesquisas com números diferentes, mas reforçou que “quem decide é o eleitor, no dia dois de outubro”. 

O ex-governador do estado, Marconi Perillo, divulgou uma nota comentando a pesquisa Serpes, onde apontou a alegria pelo resultado conquistado até o momento. “Eu atribuo esse crescimento certamente ao trabalho que foi feito ao longo do tempo, ao legado que nós deixamos no estado”, pontuou. Segundo ele, sempre existiu muita disposição para trabalhar por Goiás, afirmando que é o que quer continuar fazendo, se eleito for. “É isso que quero fazer no senado, se for da vontade de Deus e dos goianos”, reiterou. 

Alexandre Baldy, ex-ministro das Cidades e também da chapa de Caiado, disse a respeito das intenções de voto que recebeu, que respeita todas as pesquisas eleitorais que são realizadas de forma séria e profissional, mas acredita que a população está “desiludida com a política, não tendo interesse em falar sobre esse assunto”. “Outra questão que deve ser levada em consideração é que ainda é muito cedo para que o eleitor já tenha em mente em quem irá votar realmente. Talvez ele responda o primeiro nome que venha em mente sem pensar. Esses fatores podem refletir no resultado dos levantamentos das pesquisas eleitorais. Acredito que o resultado nas urnas será bem diferente”, ponderou.

Números falsos

Já Wilder Morais (PL) informou que os resultados desta pesquisa não são condizentes com a realidade. “Não condiz com as demais pesquisas divulgadas no Estado e não representa a realidade do cenário político goiano”, disse. De acordo com a assessoria de comunicação e imprensa do candidato, na última quinta-feira (18/8), o PL entrou com uma representação no Tribunal Regional Eleitoral, onde questionou a metodologia utilizada pelo instituto. Wilder ponderou que os números da pesquisa foram distorcidos.

Esta reportagem tentou contato com os candidatos Vilmar Rocha (PSD)  e João Campos (Republicanos), mas não obteve retorno até o fechamento da mesma.