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sexta-feira, 22 de novembro de 2024
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Eleições 2022

Principais players ao Senado querem captar eleitorado indeciso

Quase 27% dos goianos ainda não decidiu em quem votar, de acordo com pesquisa

Postado em 25 de agosto de 2022 por Izadora Resende

Após divulgação da segunda rodada da pesquisa Serpes, esta reportagem ouviu os principais candidatos ao senado por Goiás sobre como os números podem afetar a necessidade de traçar novas estratégias de campanha. Além disso, o número de indecisos obrigará uma campanha mais intensiva na reta final das eleições, ao passo que, comumente, o eleitorado deixa para definir este voto por último.

Dados da pesquisa na modalidade estimulada revelaram que aproximadamente 26,6% dos goianos não decidiram ainda qual candidato ao senado apoiar. Nas respostas espontâneas, 73,4% dos eleitores goianos ainda estavam indecisos sobre um nome. Vale lembrar que no topo das intenções de voto (estimulado por cartela), estão o ex-governador do estado, Marconi Perillo (PSDB) com 24,7% e o deputado federal Delegado Waldir (União Brasil), que acumulou 15,4% das intenções.

Candidato único à Casa Alta do Congresso Nacional da chapa do governadoriável Gustavo Mendanha (Patriota), João Campos (Republicanos) afirmou que não vai adotar nova estratégia de campanha, pois enxergou nos indecisos uma possibilidade de crescimento. “Primeiro o eleitor fica em função da escolha para presidência da República. Depois, começam a se atentar para a escolha do governador. Em seguida, voltam a atenção para os deputados federais e estaduais, e, só então, para os candidatos ao senado”, disse. 

“Por isso temos esse número tão expressivo de indecisos. Na minha avalição, o eleitor vai começar a se definir nos dez dias que antecedem a eleição. Então nós vamos intensificar o trabalho de abordagem, acredito que a televisão e o rádio vão ajudar muito nisso. Por outro lado, isso me dá conforto em saber que tenho grande possibilidade de crescimento, já que tenho rejeição baixa e 73% de indecisos”, pontuou João Campos.  

Já sobre a estratégia de campanha, reafirmou que manterá a mesma: “vamos contar muito com o auxílio dos meios de comunicação, que são muito mais abrangentes, o público alcançado é maior que o que eu consigo chegar através do contato pessoal, mas não vou parar de fazer as reuniões, as visitas e caminhadas, usar as redes sociais, pois são as ferramentas de trabalho que nós temos”, 

declarou.

O ex-ministro das Cidades, Alexandre Baldy (Progressistas) afirmou que antes de verificar os resultados desta pesquisa (Serpes), considerou a vivência e experiência que já possui na vida política, bem como o aprendizado que adquiriu com cientistas e analistas políticos, afim de entender o cenário real em Goiás. Ele avaliou, então, que a eleição do senado é, de fato, a última decisão do eleitor. 

“No decorrer das últimas eleições, vimos a tomada marjoritamente de decisões na segunda quinzena de setembro, quando os programas de tv já estão mais amadurecidos e o cenário mais aquecido”, avaliou. Baldy destacou que acredita que essa tomada de decisão do eleitor ainda está “muito longe de ser feita”.

“Meu desafio é fazer que esse número elevado   de indecisos conheça meu nome, levar meu projeto, transmitir minhas realizações ao conhecimento dos goianos e buscar desses desconhecidos, do ponto de vista dos candidatos, o apoio nestas eleições”, destacou  o ex-ministro. 

Experiente no pleito ao senado, tendo estado lá durante seis anos e meio, Wilder Morais (PL) ressaltou a polarização, deste ano, nas eleições ao governo do estado e também à presidência da República. Com o olhar voltado a estas discussões, o eleitor tende a tardar na escolha do candidato ao senado.  

“Muitos candidatos ficaram se posicionando muito rápido na campanha. O pleito ao senado é uma como uma corrida de São Silvestre, é longa. Precisa estar preparado para não parar no meio do caminho. Não são 200 metros rasos”, avaliou. Wilder considerou natural a indecisão de agora. “O eleitor dessa vez vai estudar bem os possíveis candidatos. Temos uma chapa forte e vamos trabalhar”, concluiu. 

Esta reportagem tentou contato com o presidente estadual do PSD e candidato ao senado, Vilmar Rocha, mas não obteve retorno.

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