Mendanha mira agronegócio em peregrinação pelo sudoeste goiano
Governadoriável passou por diversas cidades cujo agronegócio se revela com potência.
O candidato ao Governo de Goiás, Gustavo Mendanha (Patriota), percorreu, nos últimos dias, as principais cidades do sudoeste do Estado. A região, popularmente conhecida como berço do agronegócio, reúne lideranças de amplo capital político. Os encontros também contaram com a participação do indicado a vice, Heuler Cruvinel (Patriota), e do candidato da chapa ao Senado, João Campos (Republicanos).
Durante a peregrinação, Mendanha passou por São Simão, Paranaiguara e Cachoeira Alta. Cruvinel, por sua vez, passou por outras cidades até se encontrarem em Caçu e seguirem juntos para Aparecida do Rio Doce. Mais tarde foi a vez de Rio Verde. Essa é a primeira vez que eles percorrem o sudoeste juntos desde a oficialização da chapa oposicionista.
Rio Verde é tida como a principal cidade do sudoeste goiano. É também o município com a maior concentração de lideranças políticas com expressividade nos espaços de decisão e poder, como, por exemplo, a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, em Brasília. Ao desembarcar na cidade, Mendanha aproveitou para apresentar “soluções” na tentativa de fortalecer o agronegócio na região. Dentre elas, o candidato citou eixos da infraestrutura e distribuição energética.
Flerte
Assim como outras cidades goianas, que sofrem com a má distribuição energética, com Rio Verde não é diferente. Para Mendanha, se não houver medidas urgentes que resolvam a situação, ano que vem o cenário tende a piorar e o Estado pode sofrer com novos apagões.
Vale lembrar que o atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), tem dito em entrevistas que o problema de energia tem comprometido o crescimento do Estado. Mendanha aproveitou o discurso para rebatê-lo. Ele chamou atenção para a “falta de uma solução viável” durante os últimos quatro anos de gestão.
Diante disso, a solução proposta pelo candidato foi a de investir em infraestrutura para distribuição de energia, já que a geração não é um problema para o Estado. Depois, ele se comprometeu com a construção de 800 quilômetros de linhas de transmissão, reforma de 20 subestações e construções de mais doze.
Segundo ele, a estrutura poderá ser financiada por parceiros, que terão o valor investido descontado na conta de energia. Aquelas empresas que não tiverem recursos poderão pegar empréstimo com o Estado, em um Fundo com previsão de R$ 2 bilhões. “Hoje há parado R$ 8 bilhões nos cofres públicos”, disse.
Para a infraestrutura, ele citou o programa “Parceiros de Goiás”, em que as estruturas estaduais deficitárias poderão ser custeadas por qualquer pessoa ou instituição, seja empresa ou terceiro setor.
Desde que anunciou o nome de seu vice, Heuler Cruvinel, o governadoriável justificou a escolha pela importância de ser um nome ligado ao agronegócio. Essa foi a primeira vez que eles cumprem agenda juntos em Rio Verde. O candidato ao Senado Federal da Coligação Estado Inteligente, João Campos, também participou das reuniões na cidade.
Liderança
As ações para fortalecer o agronegócio, que é a força motriz do sudoeste, também foram discutidas durante uma reunião com Yuri Pinheiro Machado, que representava a Cooperativa de Suinocultores e Avicultores de Goiás e a Associação de Granjeiros Integrados do Estado de Goiás; e Pedro Azevedo Júnior, da Associação goiana dos Integrados dos Produtores de Aves, Ovos e Suínos.
Na reunião, Pedro ressaltou a importância dos investimentos no agronegócio para gerar riquezas para o Estado e criar empregos. Os candidatos também estiveram na Acirv para reunião com o setor produtivo, com a participação de outras quatro instituições (CDL, Sindicato Rural, Sindicato Rural de Rio Verde, Coderv e outros).
Os candidatos da coligação Estado Inteligente também se reuniram com lideranças políticas. O encontro contou com a presença do Dr. Oswaldo Fonseca, ex-candidato a prefeito; prefeita de Maurilândia, Edjane Alves; o ex-prefeito de Bom Jardim, Cleudes Baré; os vereadores por Rio Verde, Ronaldo Cruvinel e Elvis do Brinquedo; e os candidatos a deputados estaduais e federais, Nayara Barcelos, Marju Costa, Lúcia Batista, Enildo Cabral, Marcinho Vidraceiro, Vilmar Bibá, Rosângela Rezende e Sargento Chagas.
Apoio
Durante as andanças pelo interior goiano, Mendanha recebeu o apoio do prefeito de São Simão, Fábio Capanema (Progressistas). “O atual governador virou as costas para São Simão. Precisamos de alguém que vá olhar para todo Estado”, disse logo depois de anunciar a decisão.
Mendanha, por sua vez, abraçou a vinda do novo aliado, assumindo o compromisso de dar atenção aos municípios. Em resposta, ele disse ainda, que essa é uma situação comum em todos os municípios. “Este é um governo que não dialoga, não faz parcerias, o resultado é um Estado abandonado”, disse.
Ao todo, a caravana com os candidatos passou por dez municípios e um distrito, sendo dívidida em duas frentes: Gustavo e João Campos passaram em São Simão e seu distrito, Itaguaçu, Paranaiguara e Cachoeira Dourada enquanto Mayara Mendanha, esposa do candidato, e Heuler Cruvinel foram Aporé, Itajá, Lagoa Santa e Itarumã. Depois eles seguiram juntos por Caçu e Aparecida do Rio Doce.
Balanço
Em entrevista ao O HOJE, o candidato lembrou que no sudoeste estão os grandes players do agro nacional. “Trata-se de uma potência no estado. Esse apoio será importante para dar um passo à frente rumo à industrialização e ao processamento das commodities aqui produzidas, agregando valor, gerando emprego, renda e beneficiando toda a população. E nós, aproveitamos para apresentar as soluções daquilo que temos escutado dos produtores como fator impeditivo do crescimento. São propostas exequíveis e que farão com que Goiás volte a ser competitivo e forte, com a potência do agronegócio”, destacou.
Em outro trecho, ele considerou que tanto ele quanto Heuler e João Campos foram muito bem recebidos por todas as lideranças e a população de cada uma das cidades que percorreram. “Ficamos ainda mais motivados a ganhar as eleições para dar a essa região tão pujante os investimentos que precisam”, pontuou.