Quem é Soraya Thronicke, candidata à presidência que disse ‘virar onça’
A candidata, que hoje está em lado oposto ao do atual presidente, há quatros anos acumulou votos com o motor ”A senadora de Bolsonaro”
A senadora Soraya Thronicke (União Brasil), 49, entrou na corrida presidencial de última hora como um plano B da União Brasil. A advogada e empresária ficou conhecida na política em 2013, durante as manifestações contra a então presidente Dilma Rousseff (PT).
Soraya também obteve destaque no último debate presidencial onde causou impacto ao declarar que, em seu estado, Mato Grosso do Sul, tem mulher “que vira onça”, e criticar o machismo do presidente Jair Bolsonaro.
A candidata à presidência, que hoje está em lado oposto ao do atual presidente, há quatros anos acumulou 373.712 votos com o motor ”A senadora de Bolsonaro” em seu estado.
O afastamento de Bolsonaro e Soraya começou durante a CPI da Covid. No momento, a senadora se mostrou incisiva contra os tratamentos ineficazes da doença, indo em sentido contrário ao que outros governistas defendiam nas sessões.
Apesar de Soraya ainda constar como vice-líder no site do Senado, a função já não é exercida por conta das discussões. O filho do presidente, Flávio Bolsonaro, também classificou nas redes sociais, a senadora como ”traidora”.
Plano de governo
A candidata do União Brasil à Presidência, apresentou seu plano de governo ao Tribunal Superior Eleitoral. O documento tem 73 páginas e apresenta uma série de propostas para a economia, educação, saúde, segurança pública, entre outras áreas.
Entre as propostas, Soraya visa um governo liberal na economia e contra a corrupção. Também é a favor de uma reforma tributária, com a criação de um imposto único, e foi eleita presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, em 2019.
Na área econômica, o plano prevê uma política para apoiar o desenvolvimento de micro e pequenas empresas. Propõe que empreendedores em dificuldades financeiras interrompam o pagamento de impostos e depois equacionem os débitos.
Em segurança pública, as propostas incluem investir em inteligência e integração de dados dos estados com a União. Uma das ideias é implantar um sistema nacional de controle para veículos roubados ou utilizados por suspeitos de crimes.
Além de pretender um plano nacional de ações a ser implementado junto de prefeitos e governadores, onde envolve capacitação tecnológica e um sistema nacional para avaliar o desempenho dos professores, na área da educação.