Moraes nega pedido para retirar inquérito contra empresários bolsonaristas do STF
Os empresários teriam compartilhados mensagens de teor golpista em grupos de WhatsApp.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitou um pedido para que as investigações sobre um grupo de empresários bolsonaristas fosse remanejado para a Justiça de Brasília. Os empresários são investigados por defenderem um golpe de Estado em grupo no WhatsApp. O caso foi revelado pelo colunista Guilherme Amado, do Metrópoles.
A ação foi movida pela defesa do empresário Luciano Hang, da Havan, que arumenta que o caso não deve ser guiado pela Suprema Corte, por não envolver pessoas que possuem foro privilegiado.
Moraes, por sua vez, afirmou que a transferência da investigação para outra instância da Justiça seria prematuro, uma vez que a Polícia Federal ainda analisa as provas.
Entenda
A Polícia Federal realizou, na manhã do último dia 23 de agosto, uma operação contra empresários que defenderam um golpe de Estado no caso do ex-presidente Lula (PT) ser eleito. Os mandados foram cumpridos por expedição do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
As conversas em grupo de WhatsApp foram reveladas pelo portal Metrópoles. Além da possibilidade de ruptura democrática, os empresários membros do grupo realizam ataques sistemáticos ao STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a todos (instituições ou pessoas) contrárias a posturas autoritárias do presidente Bolsonaro (PL).
Fazem parte do grupo figuras como: Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres (shoppings Multiplan); José Koury (Barra World Shopping, no Rio de Janeiro); Ivan Wrobel (construtora W3 Engenharia); e Marco Aurélio Raymundo (Mormaii).