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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Eleições

Múltiplas candidaturas da base podem levar Marconi à vitória no dia 2 de outubro

Cientista político não vê mais tempo para um acordo em torno de um nome entre os caiadistas.

Postado em 20 de setembro de 2022 por Francisco Costa

O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) segue otimista de sua eleição ao Senado. As múltiplas candidaturas da base do chefe do Executivo goiano Ronaldo Caiado (União Brasil) favorecem o tucano, que tem liderado as pesquisas de intenção de votos. 

Na pesquisa Serpes, da última sexta-feira (16), Marconi pontuou com 25,8% das intenções de voto, contra 13,2% de delegado Waldir (União Brasil), da base do governador. Em seguida aparece João Campos (Republicanos), com 6,9%, e Wilder Morais (PL), 5,4%. 

Denise Carvalho (PCdoB) empatou com 5% outro nome caiadista: Alexandre Baldy (PP). Também da base, Vilmar Rocha (PSD) marcou 3,4%, enquanto Leonardo Rizzo (Novo) chegou a 1,2% e Manu Jacob (PSOL), 1,1%. 

A Serpes ouviu 801 pessoas entre 12 e 14 de setembro. O levantamento tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais e confiança de 95%. Os registros no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e Justiça Eleitoral (TSE) são GO-01516/2022 e BR-06004/2022.

Já no levantamento Goiás Pesquisas/Mais Goiás de sábado (17), Marconi aparece com 21,71% das intenções de voto. Waldir vem seguida com 17,33% e Wilder com 16,67%. Depois aparecem Baldy, 9,24%; João Campos, 6,29%; Vilmar Rocha, 4,38%; Denise Carvalho, 2,95%; Rizzo, 2,86%; e Manu Jacob, 2,19%.  

A pesquisa ouviu 1.050 eleitores de 12 a 15 de setembro de 2022 e tem margem de erro de 3,02 pontos percentuais para mais ou para menos. O intervalo de confiança é de 95%. Os registros na Justiça Eleitoral são BR-03634/2022 e GO-07244/2022.

Vale citar, pela Serpes, Marconi tem 25,8% contra 21,6% da base. Os números ainda não seriam suficientes para bater o ex-governador. Na Goiás Pesquisas, contudo, o cenário é diferente. O tucano marca 21,71% contra 30,95% dos caiadistas. 

Para Marconi, “os números da Serpes refletem o resultado de nosso trabalho e da campanha propositiva que estamos fazendo. A população está cansada de ataques e mentiras. O eleitor não será enganado novamente como foi em 2018. Recebi com alegria os números dessa pesquisa e eles só aumentam nossa responsabilidade e compromisso com uma campanha limpa, propositiva e de alto nível”.

Análise

Professor e cientista político, Marcos Marinho argumenta que vários candidatos da mesma base fragmentam e pulverizam uma votação que deveria ser concentrada. “Quem consegue mobilizar mais o seu grupo tem vantagem. Nesse caso, Marconi é candidato isolado dentro de uma base construída há muitos anos para majoritária, no caso governo. Mas Senado também é majoritária”, avalia.

Ele analisa que, na base, muitos tentam puxar votos do mesmo local, mas sem a orientação do cabeça de chapa (Caiado). “E quando pulveriza, a maioria entre as minorias ganha. Aí a vantagem de Marconi está clara.”

Questionado se ainda daria tempo de concentrar o apoio a um nome, Marinho acredita que seja tarde. “É uma estratégia que deveria ser tomada antes. Agora não será natural. Todos já fizeram campanha, acordos, dobradinhas… Tentar migrar o fluxo de voto na força não geraria a mesma conversão. Faltando duas semanas acredito que não surtiria efeito”, pontua. 

Ainda segundo ele, se alguém renunciar (Waldir, Baldy ou Vilmar), isso geraria desgastes dentro da própria liderança dos candidatos. “E se Caiado forçar, pode gerar rusgas na própria base”, arremata o cientista político.

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