Nesta segunda-feira (29), foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão relativos à operação da Polícia Federal (PF) que investiga uma suposta aparelhagem de núcleo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um dos alvos foi uma ex-assessora do ex-deputado federal Major Vitor Hugo (PL), com quem trabalhou de junho de 2022 a janeiro de 2023 — época em que houve o término do mandato do Major, que não é citado na investigação. 

Atualmente, ela exercia o cargo de assessora de Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin. Segundo apuração do Globonews, uma assessora do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), teria solicitado informações à Priscila acerca de operações que envolveriam a família Bolsonaro.   

Novidades nas investigações

Em concordância com despacho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Bolsonaro faria parte do “núcleo político” participante da “Abin Paralela”. De acordo com a PF, a mulher teria ajudado a intermediar demandas de interesse do vereador ao solicitar auxílio ao ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem, em favor de inquéritos nos quais os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro seriam citados.  

“A solicitação de realização de ‘ajuda’ relacionada à inquérito Policial Federal em andamento em unidades sensíveis da Polícia Federal indica que o núcleo político possivelmente se valia do delegado Alexandre Ramagem para obtenção de informações sigilosas e/ou ações ainda não totalmente esclarecida, razão pela qual se faz mister as diligências abaixo representadas”, destacou a PF.