Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, critica proposta de autonomia do Banco Central e comenta sobre pressões políticas e metas fiscais
Ministro da Economia expressa reservas sobre proposta de autonomia do Banco Central e destaca desafios fiscais em meio a interferências política
Em uma entrevista à CNN, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou sua participação na aproximação entre o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o governo, além de destacar seu papel em apaziguar os ânimos do mercado diante de ruídos políticos. Haddad criticou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata da autonomia do BC, sugerindo uma prévia conversa entre Campos Neto e o presidente Lula sobre o tema.
Haddad reforçou o papel do Ministério da Fazenda na promoção de um ambiente de negócios favorável, destacando a necessidade de pacificar e esclarecer questões que envolvem o governo e as estatais. Sobre as contas públicas, ele expressou confiança, apesar das pressões políticas, defendendo uma transição gradual do estímulo fiscal para a redução das restrições monetárias.
No que diz respeito às metas fiscais, Haddad admitiu a possibilidade de não alcançar a meta de superávit de 2025, vinculando o resultado à aprovação de pautas no Congresso Nacional, especialmente relacionadas à Medida Provisória que trata das compensações pela desoneração da folha de pagamentos. Ele destacou ainda a importância do entendimento do marco fiscal aprovado em 2023, ressaltando que as despesas públicas seguirão os parâmetros definidos, independentemente da arrecadação ou do crescimento econômico.