No último dia disponível no calendário eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – a última segunda-feira, dia 5 de agosto – o Partido Liberal (PL) convocou seus apoiadores e líderes da sigla para a convenção da legenda e oficializar a candidatura à prefeito do ex-deputado Fred Rodrigues. O vice na chapa de Fred será Leonardo Rizzo, que saiu como pré-candidato à prefeitura de Goiânia pelo Novo, mas desistiu da candidatura própria para concorrer a vice, em uma união com o PL. A convenção foi conjunta com o Novo, na sede do PL na Capital.

O evento do partido aconteceu com a presença de lideranças da direita. O senador e presidente do PL em Goiás, Wilder Morais; o deputado federal, Gustavo Gayer (PL-GO); o senador Izalci Lucas (PL-MG); o pré-candidato à prefeitura de Aparecida pelo PL, Professor Alcides e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), marcaram presença na convenção.

O vice, em um primeiro momento, caminhava para ser o delegado Humberto Teófilo, do Democracia Cristã. Entretanto, com o apoio do presidente do DC em Goiás, Alexandre Magalhães, já declarado ao candidato da base caiadista, Sandro Mabel, a composição com Teófilo caiu por terra. 

Com isso, a junção com Rizzo ficou provável. O próprio político do Novo já tinha dito anteriormente que, caso não avançasse como imaginava nas pesquisas, iria compor uma das chapas em Goiânia – com prioridade para Fred, Mabel e Vanderlan. No final de tudo, o apoio foi para o grupo bolsonarista, o qual o partido – nacionalmente falando – possui afinidade ideológica. 

Após uma pré-campanha de altos e baixos e muitas especulações, o PL consolidou sua chapa e deve trabalhar com foco nos nomes de Fred e Rizzo. Em um primeiro momento, o pré-candidato era o deputado federal Gustavo Gayer, nome já consolidado do bolsonarismo. Enquanto o nome de Gayer aparecia nas pesquisas, o deputado rivalizava com Vanderlan Cardoso (PSD) e Adriana Accorsi (PT) pela liderança nas intenções de voto.

Porém, com a mudança de rotas e a saída de Gayer da disputa e da pré-campanha, o nome escolhido foi o de Fred Rodrigues. Na tour por Goiás, Bolsonaro – ao lado de Gayer – anunciou o ex-deputado como, na época, o novo pré-candidato do PL para o Paço Municipal. A expectativa era que Rodrigues herdasse os votos de Gayer, que funcionou como um cabo eleitoral para o nome real da legenda bolsonarista de Valdemar Costa Neto. Só que, nem tudo saiu como planejado.

O tiro saiu pela culatra. Os desempenhos de Fred nas pesquisas em um primeiro momento não foram, nem de perto, como os de Gayer. A ascensão de Sandro Mabel (União Brasil), nome de Caiado para a prefeitura de Goiânia, também atrapalhou os planos da direita mais extremista de Goiás. Inclusive, uma composição com o PL foi tentado, até os últimos instantes, pelo União Brasil.

Uma coligação com o União Brasil foi descartada. O próprio pré-candidato do PL tratou de afastar todos os rumores, em vídeo publicado nas redes sociais, garantindo que o PL não seria vice em nenhuma candidatura. Com isso, Caiado viu seu plano de uma composição com o partido de Bolsonaro – o qual o governador tem interesse de receber apoio em 2026 – acabar. (Especial para O Hoje).