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terça-feira, 15 de outubro de 2024
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Radiológico

Praça Césio 137 marca 37 anos do acidente radioativo

Acidente radioativo mais grave da história do Brasil começou com o manuseio indevido de um aparelho de radioterapia abandonado em uma clínica desativada, em 13 de setembro de 1987

Postado em 13 de setembro de 2024 por Yago Sales

Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO), por meio do Centro Estadual de Assistência aos Radioacidentados Leide das Neves (Cara), lança, às 14h, no dia 17 de setembro, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), o Projeto Itinerante Praça Cultural Césio 137 – 37 anos.

Ao mesmo tempo, o evento para marcar os 37 anos do acidente radioativo de Goiânia, terá mostra de obras e apresentação de espetáculo de dança com bailarinos da Escola do Futuro Basileu França. A iniciativa quer promover um encontro de arte, conhecimento popular e a memória imaterial do acidente, por meio de exposição de telas, poesia e fotografias.

Acidente radioativo mais grave da história do Brasil começou com o manuseio indevido de um aparelho de radioterapia. Equipamento abandonado em uma clínica desativada, em 13 de setembro de 1987, e gerou uma tragédia que envolveu direta e indiretamente milhares de pessoas.

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Dois catadores de lixo encontraram e venderam a peça para um ferro-velho. Na desmontagem, chegaram até a cápsula que armazenava 19 gramas de Césio-137.

Quatro pessoas morreram, 249 casos registraram contaminação mais grave, enquanto cerca de 6.500 pessoas atingidas com algum grau de radiação. Os dois terrenos em que as cápsulas foram abertas, a casa dos catadores e o ferro-velho, foram demolidos.

“Contamos com a participação de 38 artistas plásticos, além de cênicos, poetas e fotógrafos que elaboraram obras inspiradas na temática do Césio-137, proporcionando uma reflexão sobre o acidente, 37 anos após o ocorrido”, salienta a diretora geral do Cara, Glauciene Esteves.

Ao mesmo tempo, o trabalho expressa um sentimento de inclusão e de reconhecimento da comunidade dos radioacidentados, por meio de exposição itinerante que circulará por diversos espaços públicos e institucionais da cidade, permitindo ampla difusão do conteúdo artístico e histórico do projeto.

“Passadas quase quatro décadas do acidente, há muitas pessoas que desconhecem o fato que impactou não só Goiânia, mas todo o mundo. Por isso é importante alcançarmos diferentes públicos e reforçar a conscientização sobre o acidente e seus aprendizados”, considera.

No dia 30 setembro, às 15h, a Alego promove sessão solene em homenagem aos servidores da saúde que prestam assistência aos radioacidentados.

Por fim, oCara é uma unidade multidisciplinar ambulatorial da SES, vinculada a Superintendência de Políticas e Atenção Integral à Saúde (Spais).

A unidade gerencia, coordena e produz informações científicas, resguarda a memória histórica do acidente além de manter intercâmbio com instituições afins. É referência no monitoramento epidemiológico, informação e estudos sobre exposição à radiação ionizante.

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