O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

terça-feira, 8 de outubro de 2024
PublicidadePublicidade
Crime bárbaro

Assassinato de candidata a vereadora e irmã foi transmitido por videochamada para preso; entenda

Detento passou três horas em contato com os executores, ordenando as torturas que resultaram nas mortes das irmãs

Postado em 16 de setembro de 2024 por Otavio Augusto
Irmãs mortas em sequestro. Foto: Reprodução

A princípio, a Polícia Civil investiga o assassinato de Rayane Alves Porto, de 25 anos, candidata a vereadora em Porto Esperidião, a 358 km de Cuiabá, e de sua irmã Rithiele Alves Porto, de 28 anos. O delegado Higo Rafael afirmou que o assassinato de candidata a vereadora e irmã teve liagação com um preso da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Ele encomendou o crime e passou cerca de três horas em videochamada com os executores, coordenando as torturas que resultaram nas mortes.

Videochamada para preso

Além disso, o delegado explicou que os criminosos seguiram as ordens do detento durante todo o período, cumprindo o que ele determinava. Sendo assim, a facção criminosa envolvida já havia decretado a morte das vítimas antes do crime. A polícia prendeu dez pessoas suspeitas de participação no assassinato, mas descartou a envolvimento de uma menor de idade, liberando-a após investigação.

A polícia também realizou buscas na cela do detento que ordenou o crime, onde encontrou e apreendeu um celular, que será analisado pela perícia. Conforme as investigações, o crime foi motivado por uma foto publicada pelas irmãs nas redes sociais. Na imagem, elas faziam um gesto associado a uma facção rival à que cometeu os assassinatos.

No local do crime, a polícia encontrou o irmão das vítimas gravemente ferido. Os criminosos cortaram um dos dedos e a orelha dele, além de desferirem facadas na região da nuca. A princípio, os investigadores encontraram também dedos e cabelos de uma das irmãs em outros cômodos da casa. Enfim, localizaram os corpos de Rayane e Rithiele em um quarto, ambos com sinais de tortura e com os cabelos cortados.

O namorado de uma das irmãs conseguiu escapar do cativeiro após pular o muro. Ele relatou que os agressores o torturaram física e psicologicamente e se identificaram como membros de uma facção criminosa.

Por fim, após cometerem o crime, quatro dos suspeitos deixaram o local de táxi, se hospedaram em um hotel da cidade e fizeram compras em uma loja. A polícia autuou os maiores de idade em flagrante por sequestro, cárcere privado, tortura, duplo homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal, associação criminosa e corrupção de menores. Enfim, os adolescentes responderão por ato infracional análogo aos mesmos crimes.

Veja também