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quarta-feira, 16 de outubro de 2024
Posicionamento de Defesa

Marconi e Aécio reprovam violência, mas defendem Datena

“A agressão de Datena durante um debate televisivo foi reprovável, como ele mesmo reconheceu, porém, veio na medida da violência a que vinham sendo submetidos São Paulo e o Brasil”

Postado em 20 de setembro de 2024 por Francisco Costa
"A agressão de Datena durante um debate televisivo foi reprovável, como ele mesmo reconheceu, porém, veio na medida da violência a que vinham sendo submetidos São Paulo e o Brasil" | Foto: Reprodução
"A agressão de Datena durante um debate televisivo foi reprovável, como ele mesmo reconheceu, porém, veio na medida da violência a que vinham sendo submetidos São Paulo e o Brasil" | Foto: Reprodução

A cadeirada dada pelo apresentador de TV José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB), ambos prefeitáveis em São Paulo, durante o debate promovido pela TV Cultura, continua a render. Inclusive, com a defesa do ex-governador de Goiás e presidente do PSDB nacional, Marconi Perillo.

Em nota do partido e do Instituto Teotônio Vilela, escola de formação política tucana, Marconi e o deputado federal Aécio Neves – que preside o instituto – disseram não defender, reconhecer ou estimular a violência. Apesar de admitirem que a atitude de Datena foi “reprovável”, eles também disseram que ela ocorreu “na medida da violência a que vinham sendo submetidos São Paulo e o Brasil” e que o candidato tucano só sai do sério com bandidos. 

“O PSDB não defende, recomenda ou estimula a violência. Praticar a boa política é também combater a violência em todos os seus aspectos, inclusive mentiras, agressões físicas ou verbais e violência moral. A agressão de Datena durante um debate televisivo foi reprovável, como ele mesmo reconheceu, porém, veio na medida da violência a que vinham sendo submetidos São Paulo e o Brasil”, diz trecho da nota.

E ainda: “Com seu ato, uma reação humana a atitudes baixas, vis e desqualificadas moralmente, Datena trouxe à luz o terrorismo psíquico que vinha sendo praticado durante a campanha. Quem o acompanha diariamente na TV sabe que Datena, à sua maneira, defende a todo custo a população de bem e só sai do sério com bandidos.”

A nota ainda expôs que os líderes tucanos têm convicção de que Datena “é o candidato certo para defender os ideais do PSDB e um legado que passa pelas excelentes gestões tucanas na cidade”. Segundo o texto, ele cumpre o papel de ajudar a livrar São Paulo “do extremismo populista, das mentiras e da política do ódio”.

Cadeirada

A cadeirada, que ganhou repercussão nacional, aconteceu na noite do último domingo (15), após uma série de provocações de Marçal – inclusive, acusando-o de um crime de assédio arquivado pela Justiça. Datena foi expulso e o goiano Pablo deixou o programa rumo ao hospital.

Na segunda-feira (16), ele teve alta. Boletim médico informou que o goiano apresentou “traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas”.

O jornalista José Luiz Datena disse não se arrepender. Afirmou, ainda, que perdeu a paciência por ser acusado de um crime que não cometeu. Nas redes sociais, muitos saíram em defesa do apresentador e também houve quem ficasse do lado de Marçal.

Amigos

O senador Jorge Kajuru, amigo próximo do jornalista e candidato a senador José Luiz Datena, em entrevista ao jornal O Hoje, defendeu o comportamento de Datena e criticou as atitudes de Marçal. “Sobre esse episódio da cadeira, eu acho que é preciso entender o contexto. Quando alguém ataca a honra da sua família de forma tão agressiva e suja, a reação pode ser desmedida. Não podemos ignorar que o Datena estava sendo atacado repetidamente.”